Ibovespa pode passar dos 130 mil pontos em 2023, dizem gestores de fundos
Pesquisa do BofA diz que quase 70% dos fundos querer aumentar sua exposição ao mercado acionário brasileiro em 2023
Investidores institucionais locais querem comprar ações no Brasil em 2023. É o que diz pesquisa do BofA junto a gestores de 32 fundos de investimento da América Latina, com aproximadamente US$ 76 bilhões sob gestão.
A edição de outubro do “Latam Fund Manager Survey” diz que o Ibovespa tem margem para subir no primeiro ano do novo mandato. Porém, os níveis de caixa seguem elevados por conta dos riscos de curto prazo.
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Cerca de 68% dos participantes disseram querer aumentar sua exposição ao mercado acionário local nos próximos seis meses. Em resumo, é o maior valor desde o início da pesquisa, em 2018.
Além disso, 65% esperam que os ativos domésticos avancem após a eleição presidencial.
Diante desse cenário, a projeção para o Ibovespa em 2023 é de passar dos 130 mil pontos para 66% dos entrevistados, com os setores de energia, consumo e financeiro entre os destaques.
Commodities em baixa
Por outro lado, materiais segue sendo o segmento mais preterido: 40% não acreditam que possíveis estímulos vindos da China serão suficientes para impulsionar o preço das commodities.
Por conta das incertezas em relação à atividade chinesa e ao aperto monetário nos EUA, o otimismo com o mercado local ainda não se materializou.
Questão fiscal na mira
No ambiente doméstico, quase 80% dos executivos também se dizem preocupados com a questão fiscal após a conclusão das eleições.
Assim, a posição de caixa dos fundos, que fez pico em abril em 7,7% e baixou de 6% em agosto, voltou a subir para 6,9%, se afastando da média histórica de 4,7%.
Nível de risco
Adicionalmente, nenhum gestor ouvido está tomando mais riscos que o normal e 50% montaram proteções contra quedas agudas no Ibovespa nos próximos três meses. A média histórica é de 34%.
Indicadores para 2023
Além da projeção para o Ibovespa, a pesquisa destaca também a perspectiva para o crescimento econômico. Para 56%, o crescimento do PIB do Brasil deve ser entre 1% e 2% em 2023.
Ademais, a maioria espera que a Selic termine o próximo ano abaixo de 11,75%, com 16% enxergando juros abaixo de 10%.
No caso das projeções para o real, a maior parte espera cotação acima de R$ 5,11 ao final do de 2023. Quase 10% enxergam a divisa abaixo de R$ 4,81.