Ibovespa cai quase 1% e fecha semana no campo negativo; dólar sobe 0,13% e vai a R$ 5,75

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (28) e o que movimentou os ativos

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O Ibovespa encerrou em queda firme nesta sexta-feira, pressionado pela piora no índice de sentimento do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan, e por dados de inflação dos Estados Unidos piores do que o esperado.

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    No fim do dia, o índice caiu 0,94%, aos 131.902 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 131.315 pontos, e, nas máximas, os 133.143 pontos. O índice acumulou queda de 0,33% na semana.

    Ibovespa hoje

    No entanto, o índice diminuiu a intensidade de perdas durante a tarde, impulsionado pela desaceleração na alta dos juros futuros após o Caged confirmar a expectativa de uma geração recorde de postos de trabalho em fevereiro.

    O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,3 bilhões no Ibovespa e R$ 15,5 bilhões na B3.

    Dólar hoje

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    O câmbio doméstico interrompeu uma sequência de três semanas consecutivas de valorização, ao encerrar o pregão desta sexta-feira em leve alta.

    O exterior esteve no centro das atenções desde o início da sessão e direcionou as moedas de mercados emergentes a uma rodada de perdas, na esteira de uma piora na percepção de risco na economia dos Estados Unidos.

    Uma queda relevante do sentimento do consumidor americano se somou à escalada das expectativas de inflação e a um consumo mais fraco que o esperado.

    O dólar, porém, se afastou da máxima do dia ao longo da tarde, após uma retirada de prêmios se estabelecer após a divulgação dos dados robustos do Caged de fevereiro.

    No fim dos negócios desta sexta-feira, o dólar era negociado a R$ 5,7596 no mercado à vista, em alta de 0,13%, longe da máxima de R$ 5,7819. Na semana, houve valorização de 0,74% da moeda americana.

    Também nesta sexta-feira, o euro comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,2353, ao subir 0,43%.

    Embora tenha depreciado no dia, a moeda brasileira esteve longe de ser a de pior desempenho na sessão.

    Perto do fechamento, o dólar subia 0,67% contra o peso mexicano; avançava 0,80% em relação ao peso colombiano; tinha alta de 1,76% frente ao peso chileno; e a avançava 1,27% na comparação com o rand sul-africano.

    Há uma apreensão nos mercados em relação ao que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem chamado de “Dia da Libertação”, diante do anúncio de tarifas recíprocas contra parceiros comerciais, na próxima quarta-feira, 2 de abril.

    Bolsas de Nova York

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    Os principais índices de ações de Nova York fecharam em forte queda nesta sexta-feira, com peso do sentimento de aversão a risco no mercado, após a pesquisa mais recente da Universidade de Michigan apontar para mais uma queda expressiva no sentimento do consumidor americano e um forte aumento nas expectativas de inflação.

    Isso contribuiu para reforçar o temor dos investidores que a política tarifária de Donald Trump possa pesar sobre o comportamento do consumidor e a economia americana, à medida que os consumidores estão menos otimistas quanto a suas expectativas para negócios, finanças pessoais e empregos.

    Mais cedo, as bolsas já operavam em queda, com o mercado repercutindo a divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), a métrica de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed).

    O núcleo do PCE, que exclui os itens mais voláteis do indicador, veio levemente acima do esperado pelo mercado e os gastos com consumo vieram menores do que as expectativas.

    No fechamento, o índice Dow Jones teve queda de 1,69%, aos 41.583,59 pontos, o S&P 500 recuou 1,97%, aos 5.580,95 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,70%, aos 17.322,991 pontos.

    Na semana, as bolsas acumularam perdas de 0,96%, 1,53% e 2,59%, respectivamente.

    Entre os setores do S&P 500, apenas serviços públicos (+0,76%) não terminaram o dia no negativo, enquanto comunicação (+3,81%) e consumo discricionário (+3,27%) lideraram as perdas.

    Bolsas da Europa

    Os principais índices de ações da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira (28), em linha com o sentimento de aversão ao risco no mercado e ainda com o peso do setor automobilístico, que é pressionado pelo anúncio de tarifas de 25% sobre importações de veículos para os Estados Unidos.

    O FTSE 100, de Londres, teve a queda menos expressiva, com impulso de dados fortes de crescimento e varejo.

    No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,79%, aos 542,02 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, anotou leve queda de 0,08%, aos 8.658,85 pontos, o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,96%, aos 22.461,52 pontos, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,93%, aos 8.658,85 pontos.

    Na semana, os índices acumularam perdas de 1,39%, 1,88%, alta de 0,14% e queda de 1,58%, respectivamente.

    As ações da Stellantis recuaram 3,81%, as da Volkswagen caíram 2,36% e as da BMW cederam 1,71%.

    Investidores se preparam para o anúncio de tarifas recíprocas por Donald Trump, na próxima terça (2 de abril), o que pode trazer volatilidade aos ativos e pesar ainda mais sobre o sentimento do mercado.

    Andrew Kenningham, economista-chefe da Europa da Capital Economics, diz que ainda não está claro o que isso irá significar para a zona do euro. “Havia pouca diferença entre as tarifas médias sobre o comércio de bens entre as duas economias antes do anúncio da tarifa automotiva dos Estados Unidos, o que sugere que a União Europeia possa ser poupada, mas também é evidente que, se o governo dos EUA quiser impor tarifas muito mais altas, encontrará uma justificativa para fazê-lo”, ele diz, em nota.

    O economista projeta que os benefícios do estímulo fiscal alemão e as taxas de juros mais baixas do Banco Central Europeu (BCE) irão superar o impacto negativo das tarifas americanas, e o crescimento econômico da zona do euro deve se recuperar a partir do segundo semestre.

    Com informações do Valor Econômico

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