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Ibovespa acima dos 140 mil pontos? Tese perde fôlego no mercado
A maioria dos gestores da América Latina já não está tão otimista com a bolsa de valores do Brasil. É o que revela uma pesquisa do Bank of America com gestores do mercado financeiro divulgada nesta quarta-feira (14). Dos 32 entrevistados em fevereiro pelo estudo do banco norte-americano, 47% acreditam que o Ibovespa deve ultrapassar a marca de 140 mil pontos neste ano. Em janeiro, a parcela do mercado que previa esse cenário era de 63%.
O pessimismo também contaminou a percepção desses gestores sobre o desempenho do real brasileiro contra o dólar americano em 2024. Na pesquisa de janeiro, o BofA ouviu que 77% dos gestores apostavam em uma valorização da moeda nacional contra a americana neste ano. Agora, apenas 28% veem um câmbio mais fraco.
Ibovespa mais fraco e sem 140 mil pontos; dólar mais forte
A pesquisa do Bank of America com gestores da América Latina revela que pouco mais de 40% dos entrevistados preveem o Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos até dezembro de 2024. Em janeiro, quando o BofA conduziu a mesma pesquisa, 20% do mercado acreditava que o índice se manteria nessa faixa de pontuação.
Entre os gestores mais otimistas, que acreditam que o Ibovespa pode passar dos 140 mil pontos, pouco menos de 5% consideram que o principal índice da bolsa de valores deve superar o teto de 150 mil pontos. No primeiro mês do ano, o percentual do mercado que avaliava esse cenário superava os 10%.
Por outro lado, cresceu a parcela de gestores que veem um câmbio mais favorável ao Brasil em 2024. A pesquisa mostra que 40% do mercado prevê uma estabilidade para o dólar contra o real.
Na contramão da percepção de uma moeda americana depreciada contra o par brasileiro, cresceu a parcela dos gestores que veem um dólar mais forte, de 20% para 30%. Mais de 60% dos entrevistados estimam que o câmbio deve ficar entre R$ 4,81 e R$ 5,10 até o final do ano.
Mais otimismo com Selic e PIB do Brasil para 2024
Apesar da tese do Ibovespa acima dos 140 mil pontos ter perdido fôlego entre gestores, a maioria do mercado, contudo, enxerga uma Selic terminal entre 8,75% a 9% ao final do ciclo de cortes do Banco Central, iniciado em agosto do ano passado.
Com a taxa de juros brasileira abaixo de 9%, mais de 40% dos gestores ouvidos pelo BofA espera um retorno maior de fluxo de investimento com destino em ações.
Além disso, segundo a pesquisa do Bank of America, houve um aumento no otimismo de gestores com o PIB real do Brasil para 2024. Pouco mais de 20% dos especialistas ouvidos preveem uma expansão do Produto Interno Bruto do país entre 2% e 3%.
Por outro lado, a previsão de crescimento do PIB entre 1% a 2% caiu de cera de 80% para 60%, conforme a pesquisa.
Por fim, o patrimônio sob custódia total dos gestores ouvidos pela pesquisa é de US$ 57 bilhões. Mais da metade está envolvida em gestão de ativos global.
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