Ibovespa perde força no fim, mas sobe 0,57% com força de blue chips locais; dólar cai 0,75% e vai a R$ 5,70
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Depois de bater os 133.471 pontos, na máxima intradiária, o Ibovespa perdeu um pouco de tração perto do fim da sessão em meio a uma alta um pouco menos intensa de blue chips, como Petrobras, Vale e bancos, além de os juros futuros terem passado a subir. O índice fechou com alta de 0,57%, aos 132.068 pontos.
Ibovespa hoje
Na mínima intradiária, ele chegou a bater os 131.325 pontos. O movimento foi apoiado pela continuidade do movimento de rotação do mercado acionário americano para Europa e emergentes, como o Brasil.
Depois de apresentar uma alta de mais de 2% ao longo do pregão, as ações preferenciais da Petrobras fecharam com alta de 0,79%, enquanto as ordinárias da estatal subiram 0,97%.
Já as ações da Vale terminaram com avanço de 0,33%. Entre as blue chips de bancos, o destaque ficou para as PN do Bradesco, que tiveram ganhos de 1,66%.
A liderança entre as maiores altas ficou para os papéis da Vamos, que dispararam 15,62% depois do balanço da companhia. Já as maiores perdas ficaram para as ações da RD Saúde, que caíram 2,54%.
O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 14,5 bilhões e de R$ 19,7 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar à vista registrou queda firme nesta terça-feira, devolvendo parte dos ganhos da moeda americana dos últimos dias, em uma sessão marcada pelo bom desempenho de divisas da América Latina (com exceção do peso mexicano).
Dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado levaram os investidores a ajustarem posições, também com possível alocação de recursos nos ativos locais.
Operadores mencionaram, ainda, a entrada de recursos por exportadores, mesmo que de forma incipiente.
Encerradas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,7087, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6770 e encostado na máxima de R$ 5,7535.
Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,81%, negociado a R$ 6,1623.
Entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real apresentava o terceiro melhor desempenho frente ao dólar no horário mencionado acima, atrás apenas dos pesos colombiano e chileno.
Bolsas de Nova York
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Os principais índices de ações de Nova York fecharam em leve alta nesta terça-feira, após oscilarem durante o dia, com dificuldade para manter os ganhos da última sessão.
Ontem, as bolsas subiram com a perspectiva de que o pacote de tarifas recíprocas a ser anunciado por Donald Trump no dia 2 de abril seria mais brando do que o esperado.
Mas a recuperação não se sustentou, à medida que o cenário permanece incerto.
No fechamento, o índice Dow Jones teve alta de 0,01%, aos 42.587,44 pontos, o S&P 500 subiu 0,16%, aos 5.776,62 pontos, e o Nasdaq avançou 0,46%, aos 18.271,855 pontos.
Entre os setores do S&P 500, comunicação (+1,43%) e consumo discricionário (+0,98%) tiveram os maiores ganhos, enquanto serviços de utilidade pública (-1,61%) e saúde (-1,29%) lideraram as perdas.
Em nota, o UBS WM diz que as últimas notícias sugerindo uma abordagem mais direcionada para as tarifas americanas reduziram parte das preocupações sobre a magnitude da guerra comercial.
No entanto, isso ainda precisa ser confirmado pelo governo, que pode mudar de curso rapidamente enquanto negocia com seus parceiros comerciais.
“A ameaça de uma nova escalada tarifária continua sendo uma preocupação central”, diz o banco. Os analistas do UBS esperam maior volatilidade no mercado de ações em abril, mas ainda têm recomendação de compra para as ações americanas.
“A incerteza política nos EUA pode levar a uma volatilidade de curto prazo, mas acreditamos que os ventos favoráveis estruturais da IA e o sólido crescimento dos lucros devem impulsionar os mercados assim que essa incerteza diminuir.”
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa subiram nesta terça-feira (25), impulsionados pelo aumento do sentimento empresarial na Alemanha.
No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 0,72%, aos 552,88 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, anotou alta de 0,30%, aos 8.663,80 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,13%, aos 23.109,79 pontos, e o CAC 40, de Paris, escalou 1,08%, aos 8.108,59 pontos.
O índice Ifo de sentimento empresarial na Alemanha subiu de 85,3 em fevereiro para 86,7 em março, marcando a leitura mais alta desde julho do ano passado.
Esse resultado veio após a aprovação de um pacote de gastos em defesa e infraestrutura pelo Parlamento alemão e apesar das incertezas sobre a política tarifária americana.
A expectativa é de que a expansão fiscal na Alemanha também beneficie outros países da União Europeia (UE).
Melanie Debono, economista sênior para Europa da Pantheon Macroeconomics, diz, em nota, que essa é a primeira leitura do Ifo a captar a visão das empresas sobre o resultado das eleições e o anúncio do governo de maiores gastos com defesa e infraestrutura, “fatores que elevaram o otimismo das empresas quanto ao futuro”.
No geral, ela vê que o dado traz um sinal positivo, bem como o último índice de gerentes de compras (PMI), mas ainda há risco de desaceleração do PIB alemão.
Além disso, o mercado também segue atento à política comercial dos Estados Unidos, à medida que se aproxima o prazo do dia 2 de abril estabelecido por Donald Trump para o anúncio de um amplo pacote de tarifas recíprocas.
Ontem, ele disse que pretendia impor tarifas sobre automóveis “em breve”, mas também sugeriu que alguns países poderiam ter isenções ou descontos sobre o aumento de taxas, contribuindo para aumentar a sensação de incerteza entre os investidores.
Com informações do Valor Econômico
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