Puxado por Petrobras e bancos, Ibovespa tem alta de 0,30 nesta 6ª e 2,63% na semana; dólar sobe 0,73% e fecha em R$ 5,71

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (21) e o que movimentou os ativos

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Desde o início da sessão, o Ibovespa mostrou maior resiliência em relação a outros ativos de risco ao oscilar perto da estabilidade. Com o apoio de blue chips, o índice conseguiu encerrar o dia no campo positivo.

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    Depois de oscilar entre os 131.776 pontos e os 132.588 pontos, o índice encerrou em alta de 0,30%, aos 132.345 pontos. Na semana, o Ibovespa subiu 2,63%.

    Ibovespa hoje

    O movimento chama atenção porque ocorreu em um pregão de maior cautela em meio a receios com uma desaceleração da economia global. Segundo gestores, o desempenho do índice hoje pode ser explicado pelo fluxo estrangeiro.

    Outros ativos domésticos não registraram um pregão tão positivo, caso do dólar à vista e dos juros futuros, que voltaram a subir.

    As ações da Petrobras voltaram a subir e turbinaram os ganhos perto do fim do pregão. Segundo operadores, o movimento pode ter sido intensificado pelo vencimento de opções sobre ações. As PN da estatal subiram 1,55%, enquanto as ON avançaram 1,61%.

    Depois de forte volatilidade, as ações da Vale encerraram em alta de 0,37%. Já o destaque positivo entre as blue chips de bancos ficou para os papéis ON do Bradesco, com alta de 1,61%.

    Entre as maiores valorizações do Ibovespa estiveram Marfrig, em alta pelo quarto pregão seguido (+6,80%). As ações foram beneficiadas pela valorização do dólar.

    Já as ações da Automob lideraram as perdas, com queda de 10,00%.

    O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 25,7 bilhões e de R$ 33,1 bilhões na B3.

    Dólar hoje

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    O dólar à vista exibiu valorização firme frente ao real nesta sexta-feira, ainda que a moeda americana tenha se distanciado das máximas do dia.

    O movimento foi resultado de uma correção de excessos e uma realização de lucros, em meio a um ambiente global mais incerto, em que temores com a desaceleração econômica mundial afastou investidores de ativos de risco.

    O real, por ter se subido bastante frente ao dólar nas últimas semanas, hoje esteve entre as moedas com pior desempenho.

    Encerradas as negociações do mercado “spot”, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,7171, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6812 e encostado na máxima de R$ 5,7340.

    Na semana, porém, caiu 0,46%, dado que a percepção de desaceleração econômica nos EUA ajudou a derrubar os rendimentos dos Treasuries no começo da semana, beneficiando moedas emergentes em geral.

    Já o euro comercial apreciou 0,39%, a R$ 6,1833, enquanto na semana caiu 1,07%.

    No exterior, o índice DXY exibia alta de 0,26%, aos 104,123 pontos, perto das 17h05.

    Entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, o real apresentava o segundo pior desempenho, melhor apenas que o shekel israelense.

    Bolsas de Nova York

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    Após passarem o dia inteiro no negativo, as bolsas de Nova York inverteram o sinal nos últimos minutos do pregão e fecharam no positivo.

    A sessão desta sexta-feira foi marcada pelo “triple witching”, o vencimento de trilhões de dólares em opções atreladas a ações, índices e fundos, o que tende a causar maior volatilidade no mercado.

    Em dia de agenda esvaziada, os investidores seguem preocupados com o impacto da política tarifária de Donald Trump sobre a inflação e o crescimento.

    Isso se intensificou após grandes empresas como a FedEx e a Nike citarem as tensões comerciais como um fator que poderiam diminuir seus lucros em seus resultados trimestrais.

    No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,08%, aos 41.985,35 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,08%, aos 5.667,56 pontos, e o Nasdaq avançou 0,52%, aos 17.784,051pontos.

    Na semana, os índices tiveram ganhos de 1,20%, 0,51% e 0,17%, respectivamente.

    Comunicação (+1%), consumo discricionário (+0,63%) e tecnologia (+0,49%) foram os únicos setores do S&P 500 que fecharam em alta, enquanto o setor imobiliário (-1,02%) e materiais (-1%) lideraram as perdas do índice.

    Bolsas da Europa

    Os principais índices de ações da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira (21), estendendo as perdas de quinta-feira (20), em meio à preocupação do mercado com o impacto da política tarifária dos Estados Unidos sobre o crescimento e a inflação.

    No fechamento, o índice Stoxx 600 recuou 0,55%, aos 549,96 pontos.

    O FTSE 100, da Bolsa de Londres, teve queda de 0,53%, aos 8.655,47 pontos, e o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,47%, aos 22.891,38 pontos.

    O CAC 40, de Paris, caiu 0,56%, aos 8.049,18 pontos.

    Na semana, os índices acumularam alta de 0,61%, 0,27%, queda de 0,42% e ganho de 0,26%, respectivamente.

    Em Londres, o fechamento do aeroporto de Heathrow, após um incêndio, pesou sobre as ações de empresas aéreas.

    As ações da Air France caíram 3%, as da Lufthansa recuaram 1,83%, as da easyJet cederam 1% e a IAG teve queda de 2,86%.

    Na Alemanha, o Bundesrat, a câmera alta do Parlamento, aprovou o pacote de gastos de defesa e infraestrutura do futuro primeiro-ministro Friedrich Merz, o que deve impulsionar o crescimento nos próximos anos. No entanto, não foi suficiente para melhorar o desempenho das bolsas no pregão.

    O Deutsche Bank revisou suas projeções para a economia alemã, incoporando uma estimativa de 1,5% para o PIB em 2026 e de 2% em 2027.

    Por outro lado, o banco diminuiu sua expectativa para 2025, para 0,3%, em função da escalada de tensões comerciais, representando “correntes globais mais fortes do que esperávamos anteriormente”.

    Com informações do Valor Econômico

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