Em pregão de leve realização, Ibovespa cai 0,38%; dólar sobe após 7 quedas seguidas e fecha em R$ 5,67
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Depois de seis sessões seguidas de alta, o Ibovespa passou por um pregão de ligeira realização nesta quinta-feira.
A subida mais expressiva dos juros futuros em um dia de leilão recorde do Tesouro Nacional e de repercussão da última reunião do Copom provocou uma perda de tração do Ibovespa, que fechou em queda de 0,38%, aos 132.008 pontos.
O Comitê decidiu ontem elevar a Selic em 1 ponto percentual e contratar uma nova alta de menor magnitude para a próxima reunião.
Ibovespa hoje
O pregão foi volátil e o Ibovespa oscilou entre os 131.813 pontos e os 132.713 pontos. O volume financeiro no índice foi de R$ 18,6 bilhões e de R$ 24,0 bilhões na B3.
Depois de não acompanhar a cotação dos preços do petróleo durante boa parte do dia, as ações da Petrobras reverteram a queda e passaram a subir no fim do pregão, com o fechamento mais positivo das cotações da commodity, segundo operadores.
As PN da estatal encerraram com alta de 0,22%, enquanto as ON subiram 0,46%. Ao longo do dia, porém, os papéis da estatal voltaram a apresentar movimento misto em alguns momentos, com as ordinárias subindo e as preferenciais caindo, o que pode indicar que houve compra de investidores estrangeiros.
Já as ações da Vale fecharam em queda de 0,31%.
As maiores perdas no índice ficaram para os papéis da Embraer, que caíram 6,72%. Já as ações da Minerva e da Marfrig anotaram as maiores altas, no valor de 8,41% e de 6,70%, nessa ordem, após a divulgação do balanço das empresas.
Dólar hoje
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Depois de sete sessões seguidas de queda, o dólar reagiu e encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, em meio a temores dos investidores em relação ao crescimento global.
Se ontem a sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que a economia americana estaria perdendo tração não pesou para os ativos, hoje, comentários na mesma linha da chefe do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, provocaram mau humor no mercado.
Assim, a euforia dos agentes financeiros com um impulso a ser dado pelo pacote fiscal alemão ficou de lado na sessão, enquanto os ativos de risco depreciaram.
Apesar do fortalecimento do dólar, o real conseguiu conter uma desvalorização mais forte ao longo de boa parte da sessão, possivelmente por conta do tom mais “hawkish” (favorável ao aperto monetário) do Banco Central, na decisão de ontem.
Terminadas as negociações, o dólar à vista exibiu valorização de 0,50%, a R$ 5,6757, depois de tocar a mínima de R$ 5,6474 e encostar na máxima de R$ 5,6813.
Já o euro comercial registrou valorização de 0,06%, a R$ 6,1594.
O índice DXY avançava 0,37%, aos 103,806 pontos perto do horário de fechamento.
Nesse mesmo horário, o dólar avançava 0,60% ante o peso mexicano, 0,70% ante o peso colombiano e 1,20 contra o peso chileno.
Bolsas de Nova York
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Os principais índices de ações fecharam em queda em Nova York nesta quinta-feira, após oscilarem entre altas e baixas durante o dia.
Na véspera de um vencimento de trilhões de dólares em opções atreladas a ações, índices e fundos, o chamado “triple witching”, as incertezas do mercado sobre a política tarifária americana superaram dados positivos sobre o setor imobiliário e o emprego nos Estados Unidos, indicando que a maior economia do mundo ainda mantém sua resiliência.
No fechamento, o índice Dow Jones cedeu 0,03%, aos 41.953,32 pontos, o S&P 500 teve queda de 0,22%, aos 5.662,95 pontos, e o Nasdaq recuou 0,33%, aos 17.691,626 pontos.
Entre os setores do S&P 500, serviços de utilidade pública (+0,42%) e energia (+0,42%) lideraram os ganhos, enquanto materiais (-0,62%) e itens básicos de consumo (-0,52%) tiveram as maiores perdas.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações europeus fecharam em queda nesta quinta-feira (20), com o peso de tensões geopolíticas e do alerta da presidente do Banco Central Europeu (BCE) sobre crescimento mais fraco na zona do euro devido às tarifas dos Estados Unidos.
No fechamento, o índice Stoxx 600 anotou queda de 0,43%, aos 552,97 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 0,05%, aos 8.701,99 pontos, o DAX, de Frankfurt, cedeu 1,24%, aos 22.999,15 pontos, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,95%, aos 8.094,20 pontos.
Na Inglaterra, o banco central (BoE) manteve a sua taxa de juros de referência inalterada em 4,5%, conforme esperado pelo mercado, e destacou que aumentaram as incertezas no cenário econômico.
Em nota, Paul Dales, economista-chefe da Capital Economics para o Reino Unido, disse que, embora a decisão do Banco da Inglaterra tenha sido em linha com as expectativas, acabou sendo mais “hawkish” (favorável ao aperto monetário) do que o esperado e pode indicar um ritmo menor de reduções de juros daqui para a frente.
Ele destacou que, desta vez, menos membros apoiaram cortes consecutivos e a comunicação enfatizou que não há um caminho predefinido para os próximos encontros, “o que pode indicar uma possível pausa no ciclo de cortes”.
Com informações do Valor Econômico
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