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Na contramão do bom humor nas bolsas globais, Ibovespa cai 0,47%; dólar fecha em R$ 5,42, menor valor em um mês
Sob influência da subida da curva de juros futura, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,47%, aos 133.123 pontos, na mínima intradiária.
Já na máxima do dia, o índice chegou a bater 134.759 pontos.
Ibovespa hoje
A volatilidade marcou o pregão. O índice iniciou o dia próximo da estabilidade, chegou a subir no começo da manhã, mas passou a cair perto das 12h.
O dólar comercial, por sua vez, recuou 0,70%, a R$ 5,4241
A performance da bolsa brasileira destoou dos índices americanos, que encerraram a sessão com alta de 2,51% no Nasdaq, 1,70% no S&P 500 e 1,26% no Dow Jones, sendo que os dois últimos atingiram máxima histórica de fechamento.
O tom mais “hawkish” adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) levou um ajuste maior na curva de juros futura.
Ações de companhias como Petrobras e Vale ajudaram a evitar uma queda maior do Ibovespa.
Os papéis da mineradora avançaram 1,20%, a R$ 58,23, enquanto as ações PN da Petrobras subiram 0,33%, a R$ 36,27 e as ON caíram 0,30%, a R$ 39,70.
O volume financeiro do índice bateu R$ 16,1 bilhões e R$ 21,9 bilhões na B3.
Dólar hoje
O câmbio doméstico apresentou uma nova rodada de valorização nesta quinta-feira, com o real entre as moedas de melhor desempenho no dia, ao receber suporte do tom conservador adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e do corte de 0,5 ponto percentual nos juros efetuado ontem pelo Federal Reserve (Fed).
O alargamento do diferencial de juros tem dado apoio à moeda brasileira já nas últimas sessões, o que levou o dólar à sétima sessão consecutiva de queda no mercado local e ao menor nível em um mês contra o real.
No fim do pregão no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,4241, em queda de 0,70%, afastado da mínima do dia (R$ 5,3958).
Já o euro comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,0545, em baixa de 0,22%.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York encerraram o dia em alta firme, com os índices Dow Jones e S&P 500 atingindo máximas históricas de fechamento.
Isso aconteceu na esteira do bom humor do mercado um dia após o Federal Reserve (Fed) cortar seus juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), para a faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano.
Dados mostrando um recuo nos pedidos de seguro-desemprego divulgados hoje também melhoram o humor ao indicar uma robustez no mercado de trabalho e um pouso suave na economia.
O índice Dow Jones teve alta de 1,26%, a 42.025,19 pontos; o S&P 500 subiu 1,70%, a 5.713,64 pontos; e o Nasdaq avançou 2,51%, a 18.013,98 pontos.
Entre as ações, destaque foi o setor de tecnologia. As fabricantes de chips Nvidia e AMD avançaram 3,97% e 5,70%, respectivamente.
A Meta Platforms ganhou 3,93% e a Alphabet, proprietária do Google, subiu 1,46%.
Bolsas da Europa
As principais bolsas da Europa encerraram a sessão desta quinta-feira (19) em alta firme, com os investidores avaliando as decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE), divulgada hoje, e do Federal Reserve (Fed), de ontem.
Enquanto o primeiro manteve os juros inalterados, o segundo realizou o primeiro corte desde 2020.
O índice Stoxx 600 subiu 1,38%, a 521,67 pontos. O CAC 40, de Paris, escalou 2,29%, para 7.615,41 pontos. O DAX, de Frankfurt, avançou 1,55%, a 19.002,38 pontos, e o FTSE 100, de Londres, fechou em alta de 0,91%, a 8.328,72 pontos.
Hoje cedo, o BoE manteve sua taxa de juros de referência inalterada em 5% ao ano, em linha com o consenso, após iniciar seu ciclo de afrouxamento monetário em agosto, com o primeiro corte em quatro anos.
A decisão de hoje, contudo, foi aprovada por oito votos a um, com um integrante do comitê de política monetária, Swati Dhingra, votando a favor de uma redução na taxa em 0,25 ponto percentual, para 4,75%.
O anúncio veio um dia após o Fed cortar sua taxa em 0,50 ponto percentual (p.p.), para o intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.
“Os mercados globais estavam nervosos antes da decisão do Fed, mas as 12 horas seguintes viram uma recuperação sólida no apetite ao risco”, indica Chris Beauchamp, do IG.
Além das duas autarquias anteriores, o banco central da Noruega também divulgou decisão hoje, mantendo as taxas de juros em 4,5%, nível que deve permanecer até o fim do ano, com sua nova previsão implicando em começar a cortar os custos de empréstimos a partir do início de 2025.
Com informações do Valor Econômico
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