À espera do Copom, Ibovespa sobe 0,79% e supera 132 mil pontos; dólar tem 7ª queda seguida e fecha em R$ 5,64
Powered by TradingView
O Ibovespa engatou a sexta alta seguida nesta quarta-feira, horas antes do anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central e após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre juros.
O índice encerrou em alta de 0,79%, aos 132.508 pontos. Esse é o nível de fechamento mais alto desde 2 de outubro de 2024, quando o índice terminou aos 133.515 pontos.
Durante o pregão, o Ibovespa oscilou entre os 131.451 pontos e 132.508 pontos.
- Cursos gratuitos powered by íon
Acesse uma seleção de aulas de investimento com os maiores especialistas do mercado
- Com força de Petrobras, Vale e bancos, Ibovespa sobe quase 1,5% e supera 130 mil pontos; dólar cai 1% e fecha em R$ 5,68
- Ibovespa sobe 0,49% e encerra no maior nível desde outubro de 2024; dólar tem 6ª queda seguida e fecha em R$ 5,67
Ibovespa hoje
A queda mais expressiva dos juros futuros durante a tarde ajudou o Ibovespa, em meio à coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, assim como a subida de boa parcela das ações de bancos, com destaque para as ON do Bradesco, que subiram 1,16%.
Os papéis da Petrobras voltaram a registrar movimento misto durante o pregão. As PN fecharam em queda de 0,08%, enquanto as ON avançaram 0,48%.
Quando as ações ordinárias apresentam alta e as preferenciais recuam, operadores citam que há indícios de compra de investidor estrangeiro.
A explicação é que os recibos de ações (ADRs) da ação ordinária da estatal costumam ser mais líquidos. Já as ações da Vale amargaram queda de 0,17%.
Ações domésticas foram destaque entre as maiores, caso dos papéis da Vivara, que subiram 7,57%. Na ponta contrária ficaram as ações da SLC agrícola, que caíram 3,52%.
O volume financeiro do índice na sessão chegou a R$ 18,2 bilhões e de R$ 25,6 bilhões na B3.
Dólar hoje
Powered by TradingView
A desvalorização do dólar teve continuidade na sessão desta quarta-feira, após o Federal Reserve (Fed) e seu presidente, Jerome Powell, demonstrarem preocupação com a força da economia americana, em parte devido às medidas tarifárias do novo governo de Donald Trump.
Diante disso, o dólar, que já perdia força antes da decisão, passou a cair com mais força, atingindo o menor patamar em cinco meses, na sétima queda consecutiva.
O real, por sua vez, exibiu a melhor performance do dia entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
Com o fluxo de capital para o país se mantendo bastante negativo no ano, operadores mencionaram como razão para essa apreciação do câmbio o desmonte de posições pelos Commodity Trading Advisors (CTAs), os fundos automatizados, que tem estratégias baseadas em tendências.
Encerradas as negociações, o dólar à vista exibiu queda de 0,43%, cotado a R$ 5,6474, no menor patamar desde 14 de outubro de 2024, quando fechou a R$ 5,5821.
Hoje o dólar bateu a mínima de R$ 5,6324 e encostou na máxima de R$ 5,6931.
Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,85%, cotado a R$ 6,1554.
Perto do horário de fechamento, o real tinha o melhor desempenho entre as 33 moedas mais líquidas, sendo seguido pelo peso filipino e pelo iene japonês.
No exterior, o índice DXY avançava 0,25%, aos 103,504 pontos.
Bolsas de Nova York
Powered by TradingView
As bolsas de Nova York fecharam esta quarta-feira (19) em alta repercutindo a decisão unânime do Federal Reserve (Fed) de manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50%.
A queda no rendimento dos Treasuries, também influenciada pela decisão do banco central dos Estados Unidos, impulsionou a valorização dos índices.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,92% aos 41.964.63 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,08% aos 5.675.29 pontos e o Nasdaq valorizou 1,41% aos 17.750.79 pontos.
O destaque positivo foi para os setores de consumo discricionário (1,90%), energia (1,59%) e tecnologia (1,42%), com as ações da petrolífera Chevron e da fabricante de chips Nvidia registrando alguns dos melhores desempenhos, subindo 2,01% e 1,81%, respectivamente.
O movimento de alta dos índices de Nova York se acentuou após a decisão do Fed, que além de manter os juros inalterados, projetou que haverá dois cortes de 0,25 pontos-base nos juros americanos.
O banco central também reduziu as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do país e aumentou sua previsão para a inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE) em 2025.
O comunicado também apontou que o Fed irá se desfazer de uma quantidade menor de Treasuries no processo de redução de seu balanço patrimonial, de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões.
Essa notícia reverteu o movimento de alta no yield dos Treasuries, o que também impulsionou os índices.
A taxa da T-note de dois anos caiu para 3,989% do fechamento anterior de 4,048%, enquanto o vencimento de dez anos foi para 4,250% do fechamento de 4,290%.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (19), com exceção do DAX, de Frankfurt.
O índice Stoxx 600 subiu 0,26%, aos 555,73 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, anotou leve alta de 0,02%, aos 8.706,66 pontos, e o CAC 40, de Paris, avançou 0,70%, aos 8.171,47 pontos.
Na contramão de seus pares, o DAX, de Frankfurt, caiu 0,40%, aos 23.288,06 pontos, em correção após forte ganho na véspera, dia em que o Parlamento alemão aprovou a reforma fiscal.
Investidores aguardavam a decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), que aconteceu mais tarde nesta quarta, a publicação do Sumário de Projeções Econômicas (SEP) do banco central americano e a entrevista coletiva do presidente da autoridade monetária dos EUA, Jerome Powell.
Com informações do Valor Econômico