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Ibovespa fecha em queda de 0,16% e quebra sequência de 11 altas consecutivas; dólar cai 0,3% e vai a R$ 5,42
A sequência positiva do Ibovespa chegou ao fim hoje, após 11 sessões consecutivas de altas, com investidores embolsando parte dos ganhos recentes e em dia negativo para as ações de Vale (-1,05%) e Petrobras (o papel ordinário recuou 0,51%), em linha com os recuos do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional.
Ibovespa hoje
O índice caiu 0,16%, aos 129.110 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 128.761 pontos, e, nas máximas, os 129.521 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 12,53 bilhões no Ibovespa e R$ 17,84 bilhões na B3.
Após subir ininterruptamente por 11 sessões, o Ibovespa voltou ao campo negativo hoje. Segundo indicador técnico do Itaú BBA, que identifica zonas de sobrecompra (atualmente em 143 mil pontos) e sobrevenda do Ibovespa ao dividir o preço atual do índice pela média móvel dos últimos seis meses, o referencial se aproximou de território neutro após a recuperação vista nas últimas sessões.
Além de ações ligadas à economia doméstica, que ponderaram ganhos recentes (o Índice Small Caps recuou 0,28%), o índice também foi pressionado por recuos de Vale ON (-1,05%) e Petrobras (o papel ordinário recuou 0,51%), em dia de queda das commodities diante de preocupações com a economia chinesa.
“Vejo a performance da bolsa hoje como uma realização de lucros natural após longa sequência de altas”, diz Jennie Li, estrategista de ações da XP. “Ao mesmo tempo, o mercado também volta a se preocupar com o cenário fiscal, principalmente em relação à perseguição da meta de resultado primário e à sustentabilidade do arcabouço fiscal, após ruídos durante a sessão.”
Durante a tarde, os preços dos ativos locais chegaram a piorar em reação a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à TV Record.
Dólar hoje
O real se recuperou e o dólar encerrou a sessão desta terça-feira em queda, após um início de tarde negativo devido à má recepção dos agentes financeiros a comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em torno da pauta fiscal.
Após uma breve volatilidade afetar os ativos domésticos, o dólar voltou a recuar e assim terminou a sessão, com o câmbio local superando a pressão observada mais cedo de dados mais fortes que o esperado do comércio varejista nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a R$ 5,4288, após bater a máxima intradiária de R$ 5,4623 e a mínima de R$ 5,4062. Já o euro comercial recuou 0,27%, a R$ 5,9179.
O dólar também perdeu força em nível global ao longo da tarde, de olho em comentários menos conservadores da diretora do Federal Reserve (Fed) Adriana Kugler. Com isso, o índice DXY exibia leve alta de 0,03%, a 104,217 pontos, por volta de 17h05.
No mesmo horário, o dólar recuava 0,50% ante o peso mexicano e 0,84% ante o rand sul-africano, enquanto apreciava 1,16% ante o peso colombiano.
Bolsas de Nova York
Wall Street fechou a terça-feira com fortes ganhos impulsionada pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed) irá cortar os juros americanos a partir de setembro diante de comentários mais dovish feitos por autoridades do banco central e por dados econômicos mais suaves.
Além disso, bons resultados de empresas dos setores industriais e de matérias-primas também contribuíram para que Índice Dow Jones e S&P 500 registrassem novos recordes.
Unitedhealth subiu 6,5%, Caterpillar avançou 4,3% e Boeing ganhou 3,8%, levando o setor industrial a subir 2,54%, seguindo pelo de matérias-primas com 1,96%.
No fechamento, Dow Jones subiu 1,85% para o recorde de 40.954,48 pontos. O S&P 500 avançou 0,64% e atingiu mais um recorde a 5.667,20 pontos. O Nasdaq teve uma alta mais tímida de 0,20%, 18.509,34 pontos, à medida que os investidores estão deixando as megacaps e migrando para as small caps, empresas que teriam mais chances de aproveitar um cenário de juros mais baixos.
O índice Russell 2000, por exemplo, que é referência para as small caps já registrou cinco pregões de ganhos consecutivos, subindo 11,54% em cinco dias. Hoje o Russell 2000 subiu 3.50% a 2.263,67 pontos.
Hoje as vendas no varejo para junho surpreenderam, ficando estáveis quando de esperava uma queda de 0,4%. Para o Citi, uma significativa surpresa positiva nas vendas no varejo em junho e as revisões em alta em maio não criam uma nova urgência para um corte imediato ou superior a 25 pontos-base na taxa da Fed, pois deram às autoridade do Fed algum conforto de que, pelo menos por agora, não parece haver uma fraqueza preocupante nos gastos do consumidor.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus fecharam a terça-feira (16) em queda, na esteira da divulgação de balanços de empresas da região, com destaque para o setor de luxo, que decepcionaram os investidores. Ao mesmo tempo, os agentes também avaliaram os dados de sentimento econômico da Alemanha.
O índice Stoxx 600 caiu 0,28%, a 517,30 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,69%, para 7.580,03 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, teve queda de 0,22%, para 8.164,90 pontos, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,39%, a 18.518,03 pontos.
A gigante de luxo Hugo Boss foi destaque negativo, afundando 7,4%, após a grife alemã cortar sua previsão anual de vendas. A Burberry caiu 5,30%, um dia após anunciar a substituição de seu CEO após apresentar perspectivas fracas de lucro para o ano.
Já a Richemont, proprietária da Cartier, caiu ao longo da sessão, mas conseguiu recuperar as perdas, fechando com alta de 0,95%. A empresa teve queda de 27% nas vendas do primeiro trimestre na China, Hong Kong e Macau.
Além dos balanços, pela manhã, foi divulgado que o índice de sentimento econômico da Alemanha do Instituto Zew caiu para 41,8 pontos em julho, de 47,5 no mês anterior. O consenso de economistas consultados pelo “Wall Street Journal” era de 41 pontos.
Com informações do Valor Econômico
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