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Pressão dos juros futuros atinge Ibovespa, que fecha em queda de 0,48%; dólar cai 0,51% e vai a R$ 5,61
A elevação dos juros futuros de longo prazo ajudou a empurrar o Ibovespa para o campo negativo na sessão de hoje, na contramão da alta registrada pelos índices internacionais.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,48%, a 134.029 pontos.
Ibovespa hoje
Entre as ações de blue chips, apenas Vale e Gerdau encerraram o pregão em alta, com um avanço de 0,90%, a R$ 58,11 e de 0,16%, a R$ 18,60, respectivamente.
Por outro lado, papéis ordinários da Petrobras recuaram 1,17%, a R$ 40,49, enquanto os preferenciais caíram 1,13%, a R$ 36,87.
Bancos como Itaú, Bradesco e BTG Pactual não escaparam e fecharam o dia em queda de 1,10%, 0,45% e 1,59%, respectivamente, cotados a R$ 36,97, R$ 15,55 e R$ 34,06.
A alta dos juros futuros locais foi impulsionada pela piora na percepção de risco no país e teve apoio da subida nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano).
Investidores citaram também a preocupação com dois alertas recentes feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no sentido de que mirar o limite inferior da banda da meta de resultado primário poderá ferir a credibilidade das metas fiscais no Brasil.
Na mínima intradiária, o Ibovespa tocou os 133.591 pontos. Já na máxima intradiária, o valor alcançado bateu os 134.777 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 12,7 bilhões e de R$ 16,7 bilhões na B3.
Dólar hoje
Em um dia novamente bastante volátil no mercado doméstico de câmbio, o dólar encerrou a sessão em queda contra o real, em um movimento que acompanhou o desempenho de outras moedas emergentes.
A divisa americana se afastou da máxima do dia (R$ 5,6764), mas ainda assim o real não conseguiu se aproximar dos melhores desempenhos do dia, ao ser afetado pela piora na percepção de risco local, diante dos recorrentes receios fiscais, o que afetou, em particular, o desempenho dos juros futuros e da bolsa brasileira.
No fim do pregão, o dólar era negociado a R$ 5,6191 no mercado à vista, em queda de 0,51%, enquanto o euro comercial fechou negociado a R$ 6,2197, praticamente estável, em baixa de 0,03%.
Entre outras moedas emergentes, o dólar recuava 1,50% contra o peso mexicano no fim da tarde; cedia 1,39% ante o peso colombiano; caía 0,77% frente ao peso chileno; e tinha baixa de 0,73% em relação ao rand sul-africano.
Já o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis divisas principais, operava em queda firme, de 0,44%, aos 101,240 pontos.
Bolsas de Nova York
Os principais índices acionários de Nova York apagaram as perdas vistas no início do pregão e encerraram o dia em alta, pegando carona no avanço das ações de gigantes de tecnologia, que continuam se recuperando após as quedas recentes.
Os agentes também avaliaram os dados do índice de preços ao produtor (PPI), último relatório de inflação publicado antes da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), que acontece na quarta-feira.
O índice Dow Jones teve alta de 0,58%, a 41.096,77 pontos; o S&P 500 subiu 0,75%, a 5.595,76 pontos; e o Nasdaq avançou 1,00%, a 17.569,68 pontos.
No front corporativo, destaque para as tecnológicas Nvidia, que fechou em alta de 1,92%, a Alphabet, proprietária do Google, subiu 2,34%, e a Meta Platforms ganhou 2,69%.
No lado negativo, a Moderna caiu 12,36%, depois que a fabricante de medicamentos anunciou planos para cortar despesas até 2027.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus fecharam a quinta-feira (12) em alta, após o Banco Central Europeu (BCE) cortar seus juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), como esperado amplamente pelo mercado.
Assim, a taxa de depósito foi de 3,75% para 3,50% ao ano. Já a taxa de refinanciamento caiu de 4,25% para 3,65% e a de empréstimos de 4,50% para 3,90%.
O índice Stoxx 600 subiu 0,80%, a 512,08 pontos, o CAC 40, de Paris, anotou alta de 0,52%, para 7.435,07 pontos, o DAX, de Frankfurt, escalou 1,03%, a 18.518,39 pontos, e o FTSE 100, de Londres, avançou 0,57%, a 8.240,97 pontos.
Em entrevista coletiva após a divulgação da decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o caminho das principais taxas de juros na zona do euro é para baixo.
Ela não forneceu detalhes sobre os próximos passos de política monetária, reiterando que as decisões permanecerão dependentes de dados.
Entre as ações, o destaque do dia ficou com as farmacêuticas, com a Roche fechando em queda de 2,16%, após resultados decepcionantes de um teste inicial de um medicamento para perda de peso.
Também a Novo Nordisk anotando alta de 2,66%, após notícias de que os resultados dos testes de sua pílula contra obesidade para crianças foram positivos.
Com informações do Valor Econômico
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