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Puxada pela Petrobras, bolsa sobe 0,22% e fecha em alta pelo 6º dia seguido; dólar interrompe quedas e sobe 0,25%
O Ibovespa subiu pela sexta sessão consecutiva hoje, impulsionado pelo avanço das ações da Petrobras (o papel preferencial subiu 2,45%), que anunciou reajuste de combustíveis e reduziu os temores de intervenção do governo.
Na outra ponta, exportadoras de metálicas recuaram em dia de queda do minério de ferro.
Ibovespa hoje
No fim do dia, o índice subiu 0,22%, aos 126.548 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.614 pontos, e, nas máximas, os 126.551 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 14,59 bilhões no Ibovespa e R$ 19,16 bilhões na B3.
Sem grandes novidades nos cenários macro global e local, o Ibovespa iniciou o pregão em leve queda, mostrando alguma acomodação após cinco altas consecutivas.
No entanto, o impulso positivo veio da Petrobras, que anunciou um aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras hoje, que passa a valer nesta terça-feira (9). Assim, os papéis ON e PN subiram 2,33% e 2,45%, respectivamente.
Antonio Heluany, sócio e analista de commodities da Taruá Capital, diz que o anúncio de hoje foi positivo. “O preço da gasolina segue abaixo da paridade, mas agora está dentro da banda estabelecida pela última gestão. Isso mostra algum compromisso com a política de preços, um dos três pilares do ‘case’ junto com dividendos e investimentos, e tira incertezas”, afirma.
Para o executivo, depois de os mercados locais alcançarem um nível de pessimismo muito elevado, indicações de que o governo pode fazer um esforço para cuidar do fiscal ajudaram um pouco os ativos nos últimos dias, assim como o fluxo de entrada do investidor estrangeiro.
“Mas ainda não sabemos se foi algo oportunístico, por conta da desvalorização do real, ou se será algo mais sustentado. A economia americana parece estar dando sinais de enfraquecimento, o que faz com que investidores voltem a vislumbrar cortes de juros. E o Brasil é um candidato a receber fluxo quando isso ocorrer, ainda que o cenário interno esteja pior do que estava no fim do ano passado”, diz.
A Taurá tem carteira diversificada no momento, mantendo exposição a papéis cíclicos domésticos para poder surfar nesse movimento. Mas uma rotação completa para o risco ainda parece precipitada, afirma.
“Exportadoras performaram bem com o enfraquecimento do real e agora estão voltando um pouco com o câmbio, normal. O patamar do dólar segue acima das projeções, então é possível pensar em revisões de earnings nesses setores.”
Dólar hoje
O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira, dia de pouca liquidez no mercado de câmbio, com agentes esperando novos direcionadores que virão nesta semana, como a sabatina do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.
Com isso, o real encerra a sequência de três sessões positivas que o tirou do seu patamar mais depreciado ante o dólar desde janeiro de 2022.
O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,25%, a R$ 5,4755, após tocar a mínima intradiária de R$ 5,4564 e a máxima de R$ 5,4944.
Já o euro comercial subiu 0,09%, a R$ 5,9266. Pouco depois do horário de fechamento local, o índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas pares, exibia alta de 0,13%, a 105,012 pontos.
Entre emergentes, o dólar recuava 0,60% ante o peso mexicano e 0,73% ante o peso colombiano e avançava 0,25% ante o peso chileno.
Devido à ausência de direcionadores nesta sessão, o câmbio local exibiu pouca volatilidade mesmo diante da liquidez mais baixa que o usual.
A notícia de que Gabriel Galípolo pode ser anunciado como sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central já em agosto foi bem recebida pelos investidores, mas não o suficiente para que o real estendesse a sequência positiva da segunda metade da semana passada.
Nos próximos dias, os comentários de Powell e dados da inflação brasileira e americana devem movimentar mais o mercado de câmbio.
Bolsas de Nova York
Os índices das principais bolsas de Nova York operam em leve alta nesta segunda-feira, enquanto os investidores se preparam para a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos nesta semana, na busca por pistas sobre os quando o banco central americano (Federal Reserve, o Fed) deve começar a baixar os juros por lá.
No fechamento, o Dow Jones caiu 0,08% a 39.344,79 pontos, o S&P 500 subiu 0,10% a 5.572,85 pontos e Nasdaq ganhou 0,28% a 19.403,74 pontos. Entre as ações, os destaques ficam com a fabricante de chips Nvidia, que subiu 2,50%, e Mercado Libre, que subia 2,53%. A Intel subia 5,48% e a Dell 4,94%.
Os dados de inflação medidos pelo índice de preços ao consumidor (CPI) e pelo índice de preços ao produtor (PPI) serão divulgados entre quinta e sexta-feira.
Nesta semana, começa a temporada de balanços do segundo trimestre do ano com os resultados do JPMorgan Chase e do Citigroup, bem como da Delta Air Lines e PepsiCo.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus apagaram os ganhos vistos durante o pregão desta segunda-feira (8) e encerraram a sessão em queda, enquanto os investidores avaliavam o resultado das eleições legislativas na França. O pleito surpreendeu, com a aliança de esquerda Nova Frente Popular garantindo o maior número de assentos no Parlamento.
Assim, o índice Stoxx 600 caiu 0,03%, a 516,43 pontos. O CAC 40, de Paris, cedeu 0,63%, para 7.627,45 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,13%, para 8.193,49 pontos, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,02% a 18.472,05 pontos.
Apesar da vitória, a coalizão de esquerda não conseguiu a maioria absoluta. Nesse contexto, o Danske Bank pontua que a segunda maior economia da zona do euro terá que se preparar para possíveis meses de negociações prolongadas para o controle do legislativo do país.
“Mesmo depois que um governo for formado, há um risco maior do que o normal de que ele se desfaça”, aponta o Danske.
No front corporativo, as ações da Delivery Hero foram destaque negativo nesta segunda, chegando a cair mais de 10% depois que a empresa alemã informou que pode ter que pagar uma multa de mais de 400 milhões de euros por infrações para a Comissão Europeia.
Com informações do Valor Econômico
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