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Entenda o novo momento do investimento responsável
Aconteceu recentemente em Toronto, no Canadá, o PRI in Person. É o maior evento de investimento responsável do mundo. E ele reuniu mais de dois mil participantes de diversas regiões globais.
Assim, foram três dias intensos de conteúdo e discussões relevantes, focando na jornada e nas direções futuras da agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança).
Dessa forma, temas como regionalização, transição energética e regulamentação emergiram como tópicos centrais. E com destaque para o papel crescente da biodiversidade e a necessidade de um pragmatismo maior no engajamento.
Investimento responsável: maior maturidade
Então, ao longo dos anos tem sido perceptível o progresso na maturidade dessa agenda.
Dessa forma, ao comparar este ano com edições anteriores ficou claro que já dispomos de ferramentas, metodologias e dados que sustentam uma implementação mais material do ESG.
Assim, as conversas concentraram-se no ‘como agir agora’. E na necessidade de colocar em prática planos acordados em anos anteriores. Dessa forma, isso reforça a urgência de uma atuação para o presente e fortalecimento de compromissos firmados.
Transição energética, justiça social e investimento responsável
Então, no evento a transição energética foi abordada sob a ótica da justiça social e sustentabilidade. Isso com a premissa de que essa mudança deve considerar as diferentes realidades econômicas e sociais dos países.
Então, para que a transição seja efetiva é preciso que exista cooperação global robusta, respeitando as abordagens específicas de cada região. Mas sempre buscando um objetivo comum: uma transição justa e equilibrada.
Dessa maneira, outro destaque foi a importância dos engajamentos coletivos privados. Eles vêm facilitando o diálogo entre investidores e empresas sobre planos de transição climática.
No entanto, ficou claro que uma colaboração mais ampla entre investidores, reguladores e governos é fundamental para harmonizar os dados ESG. Assim, evita-se que foco excessivo em relatórios e métricas deixe ações concretas em segundo plano.
Regulação e transparência climática
Então, na esfera da regulação e transparência climática houve avanços significativos com a implementação dos padrões de divulgação de riscos climáticos pelo ISSB (International Sustainability Standards Board).
E também para o uso de testes de estresse climático por bancos centrais e órgãos supervisores.
Assim, esses exemplos demonstram como a gestão de riscos climáticos está sendo institucionalizada. Isso promove gestão de riscos mais eficiente e fortalece a competitividade das empresas.
A integração dos padrões ISSB em diversas jurisdições globais reforça os esforços para assegurar uma transição climática mais eficaz e transparente.
Descarbonização como competitividade empresarial
Desde a COP26 em Glasgow testemunhamos um avanço considerável. Mais de 90% dos países, 9 mil grandes empresas e 700 instituições financeiras estão comprometidas com metas de emissão zero.
Hoje, a descarbonização deixou de ser apenas preocupação ambiental e passou a figurar como uma questão essencial para a gestão de riscos e a competitividade empresarial. E isso a consolida como prioridade estratégica.
A adaptação ao risco climático, por sua vez, exige ações em várias frentes. Incluindo maior disponibilidade de dados, inovação financeira para desenvolver produtos de adaptação rentáveis e políticas públicas mais claras e coordenadas.
Além disso, é crucial promover a capacitação interna nas empresas e o desenvolvimento de especialistas no mercado, para que possam implementar medidas de adaptação com eficácia e continuidade.
Assim, percebemos que a agenda ESG está cada vez mais focada na ação prática, visando consolidar os avanços já alcançados.
Muito do arcabouço necessário para essa jornada já está disponível. Embora melhorias e inovações sejam sempre bem-vindas, o essencial para essa agenda já possui uma base consolidada.
Vale destacar que o PRI in Person de 2025 será realizado no Brasil, entre os dias 5 e 7 de novembro. Será um momento especial pois ocorrerá às vésperas da COP30.
Este será um excelente palco para o Brasil demonstrar seu potencial e liderança em investimentos responsáveis, uma agenda que olha além dos riscos e oportunidades financeiros tradicionais, integrando a sustentabilidade como um valor central.
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