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Vitória de Trump pode colocar mais pressão em Haddad? Veja o que diz o ministro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, adotou na madrugada desta quarta-feira, após a vitória, um “discurso mais moderado do que na campanha”.
Segundo Haddad, é preciso diferenciar “o que foi dito e o que for feito”, afirmando que “as coisas às vezes não se traduzem como foram anunciadas”. Mas o ministro reconheceu que “o dia amanheceu mais tenso”.
“Na campanha foram ditas muitas coisas que causam apreensão no mundo inteiro, não só no Brasil, mas também na Europa, nos países emergentes”, disse a jornalistas nesta quarta-feira na chegada ao Ministério da Fazenda, em Brasília.
Haddad destacou que os números indicam que Trump também teve uma “vitória inequívoca” no Senado e na Câmara dos Deputados.
Haddad sob pressão
Neste cenário, o ministro defendeu que é preciso “cuidar do Brasil, das finanças [públicas], para [o país] ser afetado o mínimo possível”.
Na avaliação de Haddad, o cenário externo já era desafiador desde o ano passado, mas foi possível que o Brasil enfrentasse esse quadro com a ajuda do Congresso Nacional.
“Agora o Congresso [brasileiro] tem que se sensibilizar mais, porque o momento é mais desafiador”, disse.
Ele afirmou que ainda é cedo para avaliar possíveis impactos políticos no Brasil causados pela eleição de Trump, mas disse que existe “um fenômeno crescente de extrema direita no mundo” que “não é de agora”.
“O importante é a democracia continuar resistindo”, disse.
Com informações do Valor Econômico
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