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Vendas no varejo crescem 0,8% em março e em 23 Estados brasileiros
O volume de vendas do varejo encerrou o mês de março com crescimento de 0,8% frente a fevereiro, informa a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta quarta-feira (17), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor fechou o primeiro trimestre de 2023 com alta de 2,4% comparado com o mesmo período de 2022.
Na comparação com março do ano passado, o volume do varejo cresceu 3,2%, enquanto o avanço de receita do setor no agregado de 12 meses foi de 1,2%. O IBGE atribuiu a alta à expansão da categoria de equipamentos de escritório, informática e comunicação e farmácia e medicamentos. Os móveis e eletrodomésticos surpreenderam e, mesmo com juros altos, cresceram na pesquisa.
Varejo saiu da estabilidade e inflação não pressionou resultado
A alta do varejo em março representa a saída de um patamar de estabilidade e margem menor para um resultado que pode ser considerado já de crescimento, afirma o o gerente da PMC, Cristiano Santos. Entre janeiro e março, o pesquisador observou que o setor avançou 4,5% em relação a outubro e novembro.
A alta no mês foi acompanhada por três das oito atividades que fazem parte do comércio varejista:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação — 7,7%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria — 0,7%
- Móveis e eletrodomésticos — 0,3%
Por outro lado, quatro apresentaram resultado negativo em volume de vendas:
- Tecidos, vestuário e calçados — -4,5%,
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico — -2,2%,
- Livros, jornais, revistas e papelaria — -0,6%
- Combustíveis e lubrificantes — -0,1%
Já o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ficou estável. É a categoria com maior peso no índice, o que explica o crescimento abaixo de um dígito, afirma Santos, do IBGE.
“Foi um resultado bastante equilibrado na análise dos setores. Algumas atividades apresentaram resultado bem próximos da estabilidade, como foi o caso de hiper e supermercados, atividade de maior influência. Já o resultado positivo para o mês pode ser explicado também pelo fato de o setor com o segundo maior peso, de artigos farmacêuticos e perfumaria, ter subido 0,7%.”
Em março, diferente do mês anterior, a inflação não rebateu as receitas do setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, como geralmente ocorre. Santos destaca que tanto a receita quanto o volume do setor tiveram estabilidade.
Varejo ampliado tem aumento de 3,6% no volume de vendas
Já o varejo ampliado teve aumento de 3,6% no volume de vendas em março. A categoria de materiais de construção apresentou resultado positivo de 0,2%, enquanto o setor de veículos e motos, partes e peças cresceu 3,7%.
“O comércio varejista ampliado apresentou um aumento do ritmo de crescimento. Houve avanço de em março e já são quatro meses de altas, puxados principalmente pelo setor de veículos e motos, partes e peças”, afirma o gerente da PMC.
Comércio varejista tem alta de 3,2% em março
O comércio varejista também ampliou margens de crescimento no terceiro mês do ano ante fevereiro, mostrando avanço de 3,2%. O setor cresceu em cinco das oito categorias apuradas pelo IBGE:
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria — 6,8%
- Combustíveis e lubrificantes — 14,3%
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação — 4,1%
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo — 4,5%,
- Móveis e eletrodomésticos — 2,0%
Três setores apresentaram queda na comparação ano a ano:
- Livros, jornais, revistas e papelaria — -8,0%
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico — -12,9%,
- Tecidos, vestuário e calçados — -7,3%
No comércio varejista ampliado, o crescimento nas vendas foi ainda maior, de 8,8%. Em relação a março de 2022, os setores de veículos e motos, partes e peças, e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, tiveram altas de 10,7% e 5,6%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, o setor de Material de construção caiu 5,1% nessa comparação.
Vendas cresceram em 23 Estados brasileiros
Por fim, as vendas no varejo cresceram em 23 dos 27 Estados brasileiros, com as maiores altas em:
- Espírito Santo — 5,7%
- Paraíba — 5,4%
- Alagoas — 4,8%
Os quatro Estados que observaram uma queda no volume foram:
- Distrito Federal — -1,4%
- Rio de Janeiro — -2,0%
- Maranhão — -1,0%
- Tocantins — -1,1%
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