A Ucrânia começou a evacuar civis da cidade de Sumy, no nordeste; e da cidade de Irpin, perto da capital Kiev, nesta terça-feira, disseram autoridades ucranianas.
As retiradas de moradores começaram depois que autoridades russas e ucranianas concordaram em estabelecer “corredores humanitários” para permitir que civis saíssem de algumas cidades sitiadas pelas forças russas.
A Rússia abriu passagens humanitárias de Kiev e também de Cherhihiv, Kharkiv e Mariupol, disse a agência de notícias Interfax, citando o Ministério da Defesa russo nesta terça-feira.
O Ministério da Defesa acrescentou que as forças russas na Ucrânia introduziram um “regime silencioso” dessde o início desta manhã (madrugada de terça no Brasil), informou a Interfax.
Os civis estão encurralados pelos combates desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro. Muitos já conseguiram escapar nesse período – 2 milhões de pessoas, segundo a agência de refugiados da ONU – no que as Nações Unidas descreveram como a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial. A grande maioria dos que correm para a segurança é de mulheres e crianças.
Mais vulneráveis
Após a primeira onda de refugiados da Ucrânia, é provável que haja uma segunda onda composta por refugiados mais vulneráveis, disse o chefe da agência de refugiados da ONU nesta terça-feira.
“Se a guerra continuar, começaremos a ver pessoas sem recursos e sem conexões”, disse o chefe do ACNUR, Filippo Grandi, em entrevista coletiva.
“Essa será uma situação mais complexa de gerenciar para os países europeus daqui para frente, e será necessário haver ainda mais solidariedade de todos na Europa e além”, disse ele.
A Rússia declarou outro cessar-fogo e diz que uma série de corredores humanitários foi aberta.
Com O Globo.