Semana tem mais ajustes de expectativas sobre juros
Bancos centrais dos EUA e do Brasil podem dar sinalizações sobre próximos passos da política monetária
O mercado financeiro global está se ajustando a uma nova realidade. Depois de anos de juros baixos (em alguns países, até negativos) e estímulos por parte dos bancos centrais, agora o cenário é de inflação alta e juros em elevação para tentar conter o aumento de preços.
Na semana passada, em decisões amplamente antecipadas, o Fed (Federal Reserve, banco central americano) e o Banco Central do Brasil elevaram suas respectivas taxas básicas de juros. Porém, em uma amostra da gravidade da mudança mundial, o banco central da Suíça tomou a mesma medida – pela primeira vez desde 2007.
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O problema é que o efeito esperado da estratégia é o desaquecimento da economia, mas esse desaquecimento não pode ser exagerado, senão os países cairão na recessão. A dificuldade de encontrar o ponto de equilíbrio vem assustando os investidores, que estão fugindo de ativos de risco para se refugiar em opções mais seguras, como os títulos do Tesouro americano.
Nos próximos dias, eventos e divulgações de indicadores programados vão fomentar o debate.
Na terça-feira (21), o Copom (Comitê de Política Monetária) do banco central brasileiro publica a ata de sua última reunião, na qual elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Na quarta (22) e na quinta (23), o presidente do Fed, Jerome Powell, faz um pronunciamento do qual se espera pescar algumas dicas sobre os próximos passos do banco.
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Agenda
Segunda-feira (20)
- Feriado nos EUA (Juneteenth)
- 9h e 11h – Europa: Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, faz pronunciamento
Terça-feira (21)
- 7h: ata do Copom
Quarta-feira (22)
- 9h30: Powell, do Fed, faz pronunciamento
Quinta-feira (23)
- 10h – EUA: Powell, do Fed, faz pronunciamento
Sexta-feira (24)
- 10h – EUA: vendas de casas novas (maio)