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Salariômetro: média de reajustes empatou com a inflação em julho
A proporção das negociações salariais coletivas que ficaram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 33,2% em julho. Ainda assim, o país chegou ao 29º mês consecutivo sem ajuste real nos vencimentos. É o que diz o Boletim Salariômetro, produzido pela Fipe.
Com base em 289 acordos e convenções coletivas analisadas no mês passado, o Salariômetro mostra um reajuste mediano de 11,9%, exatamente a inflação no acumulado em 12 meses até aquele mês medida pelo INPC, índice que toma por base a cesta de consumo de famílias até cinco salários mínimos. O piso mediano em julho foi de R$ 1.523.
Em junho, a proporção de acordos e convenções que resultaram em um reajuste acima da inflação acumulada havia sido de 41,96%. Ainda assim, os últimos dois meses mostram uma tendência de alta desse grupo, avalia Hélio Zylberstajn, coordenador do boletim.
De janeiro a julho, a proporção dos acordos e convenções que ficou abaixo do INPC ficou em 45,3%, contra 20,7% dos que resultaram em um reajuste real dos salários. Os que resultaram em um reajuste igual à inflação foram 33,9%.
“É uma situação ainda bem assimétrica, mas a situação este ano está melhor que a do ano passado”, nota Zylberstajn.
Na análise por estados, novamente nenhum teve reajuste mediano real. Os piores resultados ficaram com Roraima (-4,37%), Amapá (-2,97%) e Amazonas (-2,16%). Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Ceará, Minas Gerais e Tocantins tiveram reajuste mediano zero.
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