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Real Digital: o que é e como pode afetar os seus investimentos?
Recentemente tem estado muito em voga o tema do Real Digital. O Banco Central do Brasil está definitivamente focado nesta iniciativa, e surgem novidades quase que diariamente. Especialistas acreditam que o Real Digital se tornará um pilar importante na economia do país. Sendo assim, nesta minha coluna para a Inteligência Financeira contarei para vocês do que se trata, como ele afeta nosso dia a dia e também como ele pode vir a afetar nossa carteira de investimentos. Vamos nessa?
Quando começou o projeto piloto do Real Digital?
O projeto piloto do Real Digital já começou e, segundo a autarquia, deve ser concluído em março de 2024. Trata-se de uma moeda digital (CBDC, do inglês Central Bank Digital Currency) que terá o mesmo valor e constitucionalidade do Real que conhecemos hoje. A ideia é que a moeda seja utilizável em qualquer país do mundo, sem necessidade de conversão.
Este novo formato do Real vai contar com duas moedas, uma de atacado e outra de varejo.
A de atacado será voltada à grandes empresas, como bancos, cooperativas e instituições de pagamento, normalmente participantes de um sistema financeiro.
Já a de varejo será voltada ao público em geral, que poderá usar a moeda digital para pagamento e liquidação.
O que é o Real tokenizado?
O Real tokenizado, ativo convertido ao formato digital, poderá ser utilizado por pessoas e empresas para operações financeiras cotidianas de todas as faixas de valores.
Vale mencionar que para viabilizar o CBDC, o BC planeja tokenizar três tipos de ativos: a moeda brasileira (conforme mencionado acima), depósitos bancários e títulos públicos federais. Esses são passos importantes para viabilizar as transações no ambiente de blockchain.
Como o Real digital poderá ser acessado?
O Real Digital poderá ser acessado por meio de uma carteira digital, cuja responsabilidade será dos bancos e instituições financeiras autorizadas. Em um workshop recente, o Banco Central também afirmou que o Real Digital não poderá ser convertido em células.
Dentre suas principais vantagens estão a redução do uso de dinheiro em papel, estímulo à concorrência no ambiente virtual e diminuição de crimes como lavagem de dinheiro. Além disso, em linha com o que vimos com o Pix, deverá ser vista também uma diminuição no uso de cartões de crédito. O objetivo é que qualquer transação, seja ela online ou em loja física, possa ser feita por meio do Real Digital.
Fica óbvio como o Real Digital pode afetar diretamente os investimentos”
Investimentos
Falando de investimentos, outro ponto detalhado no workshop do BC foi o teste de compra e venda de títulos públicos federais nos mercados primário e secundário. Agora, com o Real Digital, serão simulados emissão, negociação, transferência e resgate de ativos financeiros, inicialmente com um título público federal, fragmentado em até 1 centavo. No fim, ainda de acordo com o BC, a ideia é reproduzir ecossistema do sistema financeiro brasileiro, com representações de todos os tipos de instituições.
Bom, com isto posto fica óbvio como o Real Digital pode afetar diretamente os investimentos. Porém, pode haver mudanças do ponto de vista de empresas listadas em bolsa também. Tal como o Pix, a novidade pode afetar modelos de negócios específicos, como adquirentes, bancos e bandeiras. Além disso, pode fazer também com que novas empresas e modelos de negócio surjam.
Apesar de uma certa complexidade e incerteza perante o que vem pela frente, o Real Digital está sendo amplamente esperado pelo mercado e mostra para o mundo como o nosso Banco Central e nosso país está focado na inovação e tecnologia, além de ser um verdadeiro exemplo para os demais neste quesito.
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