Planos de saúde podem ficar mais caros e menos acessíveis no Brasil, alerta JPMorgan
Os planos de saúde podem ficar mais caros e menos acessíveis caso as mudanças na discussão sobre o reajuste anual das operadoras do setor sejam mantidas conforme originalmente apresentadas nas audiências públicas realizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diz o JPMorgan.
Os analistas liderados por Joseph Giordano explicam que, se as propostas permanecerem na forma original, há risco de as operadoras de saúde adotarem uma abordagem de risco mais conservadora, revertendo a intenção do reajuste.
“Diante disso, acreditamos que a ANS pode revisar e suavizar alguns dos pontos propostos. No entanto, ressaltamos os riscos de interferência política, já que a saúde é um tema sensível e frequentemente abordado pela mídia”, escrevem, em relatório.
Entre os tópicos mais controversos, o banco destaca a potencial limitação de coparticipação. Bem como a possível proibição da junção de índices financeiros com o de sinistralidade mínima no cálculo para reajustes anuais de planos coletivos.
Além disso, há discussões para introdução de uma meta de índice mínimo de sinistralidade de 75%. O indicador calcula a proporção entre as despesas com a utilização dos serviços médicos sobre o valor que a operadora de saúde recebeu.
Também em debate, em menor escala, discute-se o aumento do número mínimo de beneficiários de contratos para pequenas e médias empresas, para ter pelo menos mil vidas dentro do mesmo agrupamento de risco.
Com informações do Valor Econômico
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