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Pix deve crescer quase 60% em volume financeiro em 2024 com novas funcionalidades, projeta Febraban
O Pix completou quatro anos com perspectiva de ampliação dos resultados. Segundo projeções da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o meio de pagamento deverá alcançar R$ 27,3 trilhões em volume financeiro em 2024, o que representa uma movimentação 58,8% maior do que em 2023. A estimativa é que a ferramenta de pagamento instantâneo expanda também o número de transações, alcançando 63,7 bilhões de operações, um aumento de 52,4%.
Para se ter ideia da amplitude do crescimento, até o fim de setembro os resultados da ferramenta em 2024 já ultrapassam os números alcançados durante todo o ano de 2023, com 45,7 bilhões de transações, totalizando R$ 19,1 trilhões.
Dados do Banco Central (BC) mostram que desde o início do funcionamento do Pix, em novembro de 2020, até o fim de setembro deste ano foram realizadas 121,5 bilhões de transações no sistema financeiro nacional no montante de R$ 52,6 trilhões.
Em outubro, ainda segundo dados do BC, os brasileiros tinham 805,6 milhões de chaves cadastradas, sendo que 766,3 milhões (95%) pertenciam a pessoas físicas. Confira outros dados:
- 48% do número de transações do Pix são feitas de pessoa para pessoa;
- 44% das transações são iniciadas pela chave Pix;
- 160,5 milhões de pessoas físicas já fizeram um Pix.
Segundo Isaac Sidney, presidente da Febraban, o Pix foi algo histórico e que se somou a outras importantes mudanças do setor bancário ao longo dos anos, como os tokens, a internet banking, biometria e o mobile banking. “É um sucesso nacional e um exemplo internacional”, ressalta.
Pix ganhou novas funcionalidades e deve incorporar ainda outras
Três novas funcionalidades foram incorporadas na ferramenta para trazer otimizar o serviço: pix agendado, novas regras de segurança e Pix por aproximação.
No final de outubro, o Pix agendado recorrente começou a funcionar para 863 participantes do ecossistema que envolve bancos, instituições de pagamento, entre outros.
O que muda: a nova funcionalidade permite pagamentos regulares de mesmo valor para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês.
Já desde o início deste mês, a ferramenta ganhou novas regras para dar mais segurança em suas transações, “com mudanças para o cadastramento de novos dispositivos usados por clientes em suas transações”, aponta a Febraban.
O que muda: Desde a data, o cliente que trocar de celular ou computador terá um limite de R$ 200 por operação, ou R$ 1 mil por dia. Para aumentar esses limites, precisará cadastrar o novo aparelho em suas instituições financeiras. O intuito é reduzir a probabilidade de criminosos usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e realizarem transações.
Também este mês foi anunciado o Pix por aproximação, que possibilita o usuário realizar transações sem utilizar o aplicativo de sua instituição financeira.
O que muda: com a nova funcionalidade, os clientes vão poder realizar transações utilizando uma carteira digital. Segundo a Febraban, a funcionalidade é “disponibilizada por empresas por meio de contratos bilaterais e a sua oferta ao usuário final depende de iniciativas dos agentes de mercado”
Como novidade, a previsão é de que, em junho do próximo ano, entre em vigor o Pix Automático. O mecanismo irá facilitar cobranças e poderá ser utilizado como forma de recebimento por empresas de diversos áreas, como concessionárias de serviço público, escolas, faculdades, academias, condomínios, entre outros. Nesta funcionalidade, o cliente permitirá, mediante autorização prévia pelo próprio celular, que sejam feitos débitos periódicos de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação, explica a entidade.
A perspectiva é que as novas funcionalidades agregadas tragam mais brasileiros para a ferramenta e impulsionem a bancarização, diz Ivo Mósca, diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban.
*Com informações do Valor Econômico
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