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Petróleo cai com sinais de progresso na Ucrânia, apesar de pandemia na China e impasse com Irã
Os preços do petróleo são negociados em queda firme, à medida que as esperanças de progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia diminuem o ímpeto da commodity e ofuscam as preocupações com novos surtos da covid-19 na China e com o impasse nas negociações nucleares com o Irã.
Às 8h, o contrato futuro para abril do petróleo tipo WTI, a referência americana, caía 4,78%, a US$ 104,10 por barril; enquanto o contrato futuro para maio do petróleo tipo Brent, a referência global, cedia 3,84%, a US$ 108,34 por barril.
“O presidente russo observou que há ‘certas mudanças positivas’ nas negociações com a Ucrânia”, destacou Jeffrey Halley, analista da corretora Oanda, citando comentários de Vladimir Putin em relação às tratativas por um cessar-fogo no Leste Europeu. Apesar das renovadas esperanças, Halley ressalta que é improvável que as preocupações com o crescimento econômico desapareçam tão cedo.
Além disso, novos focos de tensão surgem no radar dos investidores. “Há uma mudança de foco, saindo dos mais recentes desdobramentos na guerra entre Rússia e Ucrânia para o agravamento dos surtos da covid-19 na China”, disse a SPI Asset Management, referindo-se ao aumento do número de casos da doença no país.
Autoridades chinesas informaram que mais de 1,3 mil casos diários da variante ômicron do coronavírus foram registrados localmente em dezenas de cidades do território. Trata-se do maior surto em dois anos no país, desde que a covid-19 foi identificada em Wuhan, no início de 2020.
Vale lembrar que a China adota a estratégia de combate de “Covid zero”, com testes em massa e medidas rígidas de bloqueio, o que levanta preocupações sobre a demanda chinesa, bem como interrupções na cadeia global de suprimentos.
Além disso, os investidores analisam os sinais de que as negociações sobre um novo acordo nuclear com o Irã fracassaram. A expectativa era de que um novo acordo fosse alcançado seguido pela retirada das sanções às exportações do petróleo iraniano, o que elevaria a oferta global da commodity, aliviando as condições apertadas no mercado global.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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