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O que faz e para que serve o Banco do Brics, que Dilma Rousseff foi eleita?
Diante da eleição da ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff para comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (ou New Development Bank – NDB), também conhecido como o Banco do Brics, a instituição passa a ganhar maior atenção e atraindo curiosidade dos brasileiros. Mas, afinal, o que faz esse banco?
O NDB foi fundado em 2014, logo após a Copa do Mundo no Brasil e durante a sexta cúpula do Brics realizada em Fortaleza, no Ceará.
Inicialmente, o banco tinha US$ 100 bilhões em capital, divididos em cinco cotas. Assim, ele foi criado para financiar projetos de desenvolvimento dos países membros do grupo – inicialmente os cinco Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Posteriormente, passaram a fazer parte também Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai, admitidos em 2021.
Qual é a função do Novo Banco de Desenvolvimento?
O Novo Banco de Desenvolvimento (ou Banco do Brics) surgiu para disponibilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável.
Por isso, a ideia é focar nos países membros do Brics e em outras economias de mercado emergentes, além de países em desenvolvimento.
Assim, o objetivo do banco é complementar os esforços de instituições financeiras multilaterais e regionais para o crescimento e desenvolvimento global.
Em que o NDB atua?
O NDB tem quase 100 projetos em seus países membros. Além disso, o volume de dinheiro administrado pelo banco é de aproximadamente US$ 32,8 bilhões.
Sua atuação está em setores como:
- Energia limpa;
- Infraestrutura de transporte;
- Irrigação;
- Gestão de recursos hídricos;
- Saneamento;
- Desenvolvimento urbano;
- Infraestrutura social,
- Eficiência ambiental.
Como é composto o Banco do Brics?
Combinados, os países fundadores do Banco do Brics (ou NDB) somam 26% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e 42% de toda população do planeta.
Aliás, cada país fundador detém 20% de participação na instituição.
Onde fica a sede do NDB?
A sede do banco fica na cidade de Xangai, segunda maior cidade da China.
No entanto, o banco tem escritórios regionais em Johanesburgo (África do Sul), São Paulo (Brasil), Moscou (Rússia) e Gujarate (Índia).
Quem já foi presidente do NDB?
A presidência do NDB é rotativa. Assim, o primeiro a liderar o banco foi o indiano Kundapur Vaman Kamath, seguido pelo brasileiro Marcos Troyjo e, agora, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Quanto ganha a presidente do NDB, Dilma Rousseff?
Como presidente do NDB (Banco do Brics), Dilma Rousseff terá um salário de aproximadamente R$ 290 mil por mês. O pagamento é feito em dólar, e gira em algo em torno de US$ 50 mil mensais.
Dilma passará os próximos anos morando na megalópole sede do banco, que também é o principal centro financeiro da China.
Quem é Marcos Troyjo, ex-presidente do NDB
Indicado pela equipe econômica de Paulo Guedes, no governo Jair Bolsonaro, o diplomata Marcos Troyjo atuou como presidente do NDB de julho de 2020 até hoje (24).
Durante o mandato de Troyjo, o NDB expandiu o quadro social, fortaleceu o Departamento ESG e estabeleceu o Escritório de Avaliação Independente. Ele também liderou a mudança do banco para Xangai.
Troyjo trabalhou na expansão da carteira de aprovações de projetos do banco.
Sob a liderança de Troyjo, o NDB também aprofundou suas credenciais verdes.
Por exemplo: em 2021, o banco emitiu o primeiro título dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na China, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Outra iniciativa à frente do banco foi lançar a NDB THINKLab. Neste projeto, o objetivo era promover engajamento entre a equipe do banco e alguns dos mais renomados líderes mundiais em desenvolvimento, economia e políticas públicas.
Quanto o Brasil já recebeu do banco?
Desde 2016, o Brasil teve US$ 6 bilhões em projetos aprovados pelo NDB.
A prefeitura de Aracaju recebeu um empréstimo para investir US$ 105 milhões em obras de saneamento básico, drenagem, pavimentação e recuperação de vias.
Já a companhia de saneamento de São Paulo (Sabesp) recebeu um financiamento de US$ 300 milhões para realização de obras.
Por fim, a Companhia Energética de Brasília (CEB) recebeu US$ 100,15 milhões em recursos para a investir em lâmpadas de LED para iluminação pública da capital federal e também para construir uma usina solar fotovoltaica.
Como surgiu o Brics
A ideia do bloco econômico foi originalmente formulada pelo economista-chefe do banco americano Goldman Sachs, Jim O’Neil, em paper publicado em 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”.
O termo acabou se fixando como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação.
Depois, em 2006, o conceito deu origem ao agrupamento propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China.
A África do Sul só foi incorporada ao grupo em 2011, passando de Bric para Brics.
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