- Home
- Mercado financeiro
- Economia
- O que esperar do Rock in Rio dos Investimentos?
O que esperar do Rock in Rio dos Investimentos?
Milhares de investidores voaram – e ainda estão chegando – a Omaha, nos Estados Unidos, para acompanhar a reunião anual de acionistas promovida pelo bilionário Warren Buffett e sua empresa, a Berkshire Hathaway. O encontro, que acontece de sexta (3) a domingo (5), poderia ser comparado ao Rock in Rio, só que dos investimentos. Neste final de semana, Omaha recebe os maiores empresários e investidores do mundo. Mas por que o evento é tão relevante?
O colunista da Inteligência Financeira, William Castro Alves, chegou a Omaha nesta sexta-feira (3) e fala das expectativas em torno do Rock in Rio dos Investimentos. Clique para ver.
O encontro da Berkshire é um evento de três dias que oferece de tudo, desde compras a uma corrida de 5 km e um piquenique, e atrai até 40 mil pessoas de todo o mundo todos os anos. O primeiro encontro de acionistas da Berkshire foi realizado em 1973.
Alguns vão a Omaha para encontrar celebridades (Tim Cook da Apple e o ator Bill Murray já apareceram no passado). Mas a maioria, tradicionalmente, vai para ouvir Buffett e suas ideias sobre investimentos.
Berkshire pós-Buffett
O encontro de Omaha oferece aos investidores a oportunidade de ouvir Buffett, hoje considerado um investidor quase lendário, sobre investimentos, suas perspectivas econômicas e sua vida.
O evento deste ano será o primeiro sem Charlie Munger, braço direito de Buffett que morreu em novembro aos 99 anos. Além disso, o Rock in Rio dos investidores ocorre em meio a questionamentos crescentes sobre o futuro da Berkshire pós-Buffett, que tem 93 anos.
Tradicionalmente, um dos pontos altos do encontro é o momento em que Buffett responde às dúvidas da plateia. Este ano, ele terá uma equipe diferente respondendo às perguntas.
Os vice-presidentes da Berkshire, Greg Abel e Ajit Jain, estarão presentes durante grande parte do dia. Os acionistas provavelmente estarão focados no que Abel, o sucessor nomeado de Buffettt como CEO e o executivo-chefe de operações têm a dizer.
Na carta anual de Buffett aos investidores, ele se referiu os desafios enfrentados pelas maiores empresas investidas da Berkshire. No mês passado, por exemplo, a enorme corretora imobiliária que compõe o portfólio de Buffett, a HomeServices of America, concordou em pagar US$ 250 milhões num acordo para resolver processos judiciais sobre comissões inflacionadas de vendas de casas.
Desempenho estelar
Também entre os pontos altos do Rock in Rio dos investidores está o momento em que Buffett fala do desempenho das ações da empresa. Este ano, o retorno dos investimentos da Berkshire ultrapassou o da Apple (um dos maiores investimentos de Buffett), da Microsoft e da Tesla, bem como do S&P 500.
Os investidores também vão querer saber onde Buffett vê oportunidades futuras. A resposta para este tipo de questão pode frustrar a plateia.
Buffett escreveu em sua carta deste ano aos acionistas: “Em suma, não temos possibilidade de um desempenho surpreendente.” Como quem diz, não esperem retornos surpreendentes de novos investimentos.
Uma coisa é certa, Buffett tem muito em caixa para investir. Sua fabulosa fortuna é estimada em US$ 163 bilhões.
Leia a seguir