O Banco Central divulgou, na sexta-feira, as novas regras sobre exigências de capital para instituições de pagamentos e, segundo analistas, o Nubank deve ser um dos mais afetados
As ações do Nubank têm mais um dia de forte queda na Bolsa de Nova York, renovando mínimas recordes. Por volta das 15h50, o papel recuava 10,02%, a US$ 5,89. Desde a máxima histórica de fechamento, de US$ 11,85, em 10 dezembro, a queda é de 50,29%. Em valor de mercado, o banco perdeu US$ 27,468 bilhões. No câmbio de hoje, isso equivale a cerca de R$ 140,6 bilhões.
Só o que o Nubank perdeu em valor de mercado desde seu pico histórico é mais do que o valor de mercado inteiro do Santander Brasil (US$ 23,77 bilhões).
Os índices de ações em Nova York operam em queda nesta segunda-feira, com destaque para as perdas ao redor de 2% do Nasdaq. O índice ligado ao setor de tecnologia é pressionado pelo avanço no rendimento (yield) dos Treasuries americanos, com o papel referencial de 10 anos (T-note) oferecendo o maior retorno desde meados de 2019 à medida que a decisão de política monetária do Federal Reserve se aproxima.
Além disso, na sexta-feira o Banco Central divulgou as novas regras sobre exigências de capital para instituições de pagamentos e, segundo analistas, o Nubank deve ser um dos mais afetados. De acordo com eles, as normas terão impactos administráveis para as grandes fintechs, mas no pior cenário o Nubank indica que haveria uma exigência adicional de capital de US$ 360 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), segundo relatório do Goldman Sachs.
Já o Bank of America divulgou seu relatório mensal sobre downloads de aplicativos de fintechs. O Nubank se manteve na liderança, com 2,988 milhões de downloads em fevereiro e 41,067 milhões de usuários ativos.
Outras fintechs brasileiras negociadas em Nova York também operam em forte queda hoje, como PagSeguro (-4,92%) e Stone (6,04%).