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Mudança de presidente é mais um passo rumo a reestruturação da Americanas, diz Citi
A saída de Miguel Gutierrez do cargo de diretor-presidente da Americanas após 20 anos liderando a empresa e entrada de Sergio Rial, atual presidente do conselho do Santander, marca mais um passo na reestruturação completa que o grupo vem vivenciando desde 2019, e deve ser bem recebida pelo mercado, diz o Citi.
“A sucessão é fundamental, especialmente para o próximo estágio de crescimento da Americanas”, escrevem os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo e equipe, em relatório.
Eles destacam que a Americanas está se tornando mais digital, com as vendas online agora respondendo por cerca de 60% das vendas do grupo, mais focada no marketplace, cerca de 60% do volume bruto de mercadorias online, ao mesmo tempo em que desenvolve novas iniciativas, como varejo de alimentos via Hortifruti Natural da Terra, conveniência via Vem Conveniência, joint venture com Vibra, franqueados via Uni.co e fintech via Ame Digital.
Segundo os analistas, sob a liderança de Gutierrez, a rede de lojas se expandiu para quase 3.600 lojas, mais de 1.800 lojas próprias, de 100 unidades, e a empresa também se tornou a segunda maior plataforma de comércio eletrônico do país. Já Rial é um executivo sênior altamente respeitado, anteriormente diretor-presidente do Santander Brasil, e deve desenvolver uma relação mais próxima com os investidores, dizem eles.
A carreira de Gutierrez na Americanas foi construída enquanto a companhia esteve sob o controle dos investidores Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles — após 40 anos, o trio abriu mão do controle neste ano, mas são acionistas de referência, com 29,5% do capital.
O Citi tem recomendação de compra para as ações da Americanas, com preço-alvo de R$ 26, potencial de alta de 90,85 ante o fechamento anterior.
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