Mercado cripto defende recuperação da véspera apesar de temor de contágio da FTX

Bitcoin opera no azul mesmo com insolvência da FTX, quarta maior exchange de criptoativos do mundo

Foto: Kanchanara/Unsplash
Foto: Kanchanara/Unsplash

Os mercados de criptoativos chegam ao último dia útil de uma das semanas mais tensas do segmento de ativos digitais tentando preservar a recuperação da véspera, resultado da melhora nos ativos de risco tradicionais, apesar dos temores de contágio e desdobramentos da possível falência da FTX.com.

Maior das criptomoedas, o bitcoin (BTC) manteve-se no azul, negociado acima de US$ 17 mil, enquanto o ether perdeu o patamar de US$ 1.300 nos negócios da Ásia.

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Reguladores das Bahamas e possivelmente da União Europeia decidiram congelar os ativos da FTX, que também é investigada pela SEC (CVM dos EUA) por suspeita de violar regras de valores mobiliários. Como consequência, a startup BlockFi, que faz empréstimo cripto e que contava com funding da FTX, suspendeu os saques.

Perto das 9h20 (horário de Brasília), o bitcoin tinha alta de 4,6% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 17.356, enquanto o ether subia 6,5% para US$ 1.276, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas era de US$ 911 bilhões – US$ 159 bilhões menos do que na manhã de segunda-feira desta semana.

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Bitcoin em relação ao real

Em reais, as criptomoedas foram ainda beneficiadas pela alta do dólar, que ontem subiu 4,1% para R$ 5,417 com as incertezas fiscais em relação ao governo Lula. O bitcoin tinha alta de 6,38% a R$ 93.308, enquanto o ethereum subia 7,29% a R$ 6.864, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

“Aos poucos o estrago que a insolvência da FTX causou vai aparecendo. Nos próximos dias mais efeitos colaterais irão aparecer e o mercado pode sofrer ainda mais. Mesmo com o alívio de ontem dos dados de inflação, que vieram abaixo do esperado, a alta do mercado cripto parece insustentável”, disse André Franco, chefe de pesquisa do MB.

Israel Buzaym, sócio da Bitpreço, pontua a preocupação dos investidores com a possibilidade de quebra da FTX, que causou perdas no mercado como um todo. “É importante destacar que o problema que praticamente levou à ruína uma das maiores empresas cripto do planeta reforça o que sempre recomendamos aos nossos investidores: mantenham seus bitcoins em suas wallets e não nas exchanges”, disse.

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