Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira (24) em forte queda, diante da retirada de parte do prêmio de risco atrelado às incertezas do mercado com a política fiscal, após comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Além disso, circula entre investidores locais informações de que o governo deve apresentar um pacote de cerca de R$ 40 bilhões em corte de gastos após as eleições municipais.
Além da seara fiscal, participantes do mercado avaliam que os diretores do BC praticamente excluíram a possibilidade de um aumento de juros mais forte do que a alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) já precificada na curva, em discursos recentes. De acordo com essas fontes, isso também contribuiu para a descompressão dos juros futuros.
Com isso, ao fim da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 caiu de 12,765%, do ajuste anterior, para 12,59%; a do DI de janeiro de 2027 despencou de 12,96% para 12,695%; a do DI de janeiro de 2029 cedeu de 12,975% a 12,68 e a do DI de janeiro de 2031 foi de 12,92% para 12,64%.
Vale ressaltar, ainda, que o mercado operou pressionado nas primeiras horas de sessão, quando as taxas de títulos de médio e longo prazos ultrapassaram a marca psicológica de 13% por conta da leitura forte do IPCA-15 de outubro.
*Com informações do Valor Econômico
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