Os juros futuros não firmam direção única no começo da sessão de hoje, mas com viés de queda firme na parte longa da curva a termo, à medida que os investidores retiram prêmio de risco à espera do anúncio do pacote de corte de gastos do governo, o que pode ocorrer entre hoje e amanhã, após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária (JEO), às 10h.
Por volta de 09h20, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 tinha leve alta de 13,245%, do ajuste anterior, para 13,265%; a do DI de janeiro de 2027 oscilava de 13,38% a 13,375%; a do DI de janeiro de 2029 tinha queda de 13,205% a 13,175%; e a do Di de janeiro de 2031 recuava de 13,05% a 13,02%.
Além do pacote fiscal, o ambiente externo também dá apoio ao mercado doméstico de juros. Nos Estados Unidos, a taxa da T-note de dez anos tinha queda firme de 4,411% a 4,368% no horário citado, diante da percepção de que o indicado por Donald Trump para comandar o Departamento do Tesouro, o bilionário Scott Bessent, leve o republicano a uma agenda econômica mais ponderada.
De volta ao cenário local, o relatório Focus de hoje trouxe nova deterioração nas expectativas do mercado para o IPCA e a taxa Selic ao fim de 2025 – cuja mediana das projeções subiu novamente, de 12% a 12,25%. A percepção de inflação mais pressionada e juros mais altos pode estar influenciando o comportamento dos DIs de curto prazo.
*Com informações do Valor Econômico
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