Os juros futuros abriram em forte queda na ponta curta da curva a termo nesta quinta-feira, em reação ao comunicado da decisão de ontem do Copom, considerado mais suave pelo mercado em relação à comunicação recente do colegiado. Sinalizações em torno de uma desaceleração econômica mais pronunciada e um ambiente externo menos inflacionário para países emergentes foram lidos pelos economistas como uma possível indicação de que o BC pode não subir tanto os juros além dos 14,25% já contratados para a reunião de março, após o aumento da taxa Selic de 1 ponto percentual, a 13,25%, realizado ontem.
Por volta de 9h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 tinha forte queda de 15,215%, do ajuste anterior, para 15,035%; a do DI de janeiro de 2027 cedia de 15,39% a 15,26%; a do DI de janeiro de 2029 avançava de 15,15% para 15,18%; e a do DI de janeiro de 2031 subia de 15,105% para 15,19%.
Se por um lado a leitura de um Copom menos conservador tira pressão sobre as taxas de curto prazo, os vértices longos da curva a termo passam a embutir um prêmio de risco mais elevado e, por isso, sobem neste início de sessão.
Nos Estados Unidos, as taxas dos Treasuries exibiam queda no dia seguinte à decisão do Federal Reserve (Fed) de manter os juros na faixa de 4,25% e 4,5%. No horário citado, o rendimento da T-note de dez anos cedia de 4,544% para 4,503%.
*Com informações do Valor Econômico
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