Itaú ajuda a melhorar práticas sustentáveis

Durante o Itaú Day, executivos explicaram como o banco tem se adequado às novas demandas em diferentes áreas

O Itaú tem atuado para melhorar as práticas sustentáveis em toda a cadeia na qual está inserido, não apenas internamente. Isso ficou claro no painel institucional do Itaú Day, que ocorreu nesta quinta-feira (15).

Então, confira a seguir alguns trechos do debate entre o chefe do setor financeiro do banco, Alexsandro Broedel, com Matias Granata, diretor responsável por riscos; Sergio Fajerman, da área de pessoas; e José Vita, do jurídico.

Ajudando a sustentabilidade

“Na ação, por exemplo, com as empresas de médio e grande porte, quando o Itaú ajuda as empresas para que atinjam um nível diferente de emissão de carbono, eu estou ajudando a sustentabilidade da minha relação com aquela empresa”, ressalta Sergio Fajerman, diretor de Pessoas, Marketing e Comunicação Corporativa do Itaú.

Ele ressalta que o Itaú “está no caminho de inserir a sustentabilidade no modelo de negócios”. Dessa forma, o banco traça sua tentativa de estender essa cultura para seus fornecedores, clientes e investidores.

O executivo avalia que a sustentabilidade, às vezes, é vista como exercício de compliance, para garantir que as empresas simplesmente se adequem a uma regra. Mas que isso é cada vez menos suficiente em um mundo em que as pessoas estão exigindo ações práticas das companhias.

De olho no social

“Quando se trata de diversidade, isso se dá da mesma forma. Quando eu tenho processo seletivo que busca uma parcela menor da sociedade, eu estou comprometendo a sustentabilidade do banco no médio e longo prazo. Eu não vou estar atraindo as melhores pessoas”, diz Fajerman.

Sergio Fajerman: sócio, membro do Conselho Executivo e líder de gestão de pessoas do Itaú Unibanco
Sergio Fajerman: sócio, membro do Conselho Executivo e líder de gestão de pessoas do Itaú Unibanco. Foto: Divulgação

Durante o debate no módulo, os executivos analisaram o fato de as empresas se fecharem ao talento de parte importante das populações. Isso porque tinham como parâmetros de eficiência e produtividade algumas qualidades hoje questionáveis, como a universidade cursada.

Diante da busca por inovação, foi urgente a necessidade das empresas de inserir uma gama cada vez maior de culturas dentro das organizações.

Em um processo de modernização e adequação às práticas ESG, as empresas contam com as novas tecnologias e processos. É o que destaca o diretor financeiro do Itaú, Alexsandro Broedel. “A gente precisa de dados para transformar as ideias em realidade”, afirma.

Tecnologia para auxiliar o jurídico

Na parte de governança, o Itaú é uma referência há muito tempo e isso possibilitou a longevidade da empresa diante de tantas crises vividas no Brasil. Aliás, mais especificamente, na indústria financeira, que passou por um momento importante de reestruturação especialmente no fim do século XX.

A maturidade do banco nessa área garante tranquilidade para investidores, clientes e fornecedores, avalia Fajerman.

“A gente tenta na área de Finanças garantir que nossos relatórios sejam de transparência máxima, a gente se orgulha de ganhar prêmios com frequência, não por ganhar apenas, mas por atingir um nível de transparência que o cliente perceba como algo positivo”, diz.

Especialmente no tema da governança, o Itaú tem contado com a tecnologia como suporte para avançar para um patamar ainda mais alto.

“No setor jurídico, por exemplo, estamos há 10 anos em uma jornada de digitalização do contencioso. A gente começa pela automação de processos e hoje já é realidade trabalhar com dados e inteligência artificial”, explica José Vita, diretor jurídico, de Ouvidoria, ESG e Assuntos Corporativos.

José Vita, diretor Jurídico do Itaú Unibanco
José Vita, diretor Jurídico do Itaú Unibanco. Foto: Divulgação

Ele explica que o Itaú tem, por mês, cerca de 70 mil documentos que são lidos e interpretados e classificados 100% por inteligência artificial, independentemente de intervenção humana. “E vale lembrar que o documento jurídico é desestruturado, cada advogado e juiz escrevem de uma maneira”, acrescenta.

Próximos desafios

Hoje, a próxima fronteira é a leitura e o entendimento das sentenças. Atualmente, 7 mil sentenças por mês são lidas e interpretados por máquinas, que explicam porquê o Itaú ganhou ou perdeu cada uma delas.

“Com isso a gente consegue antecipar movimento de contencioso. A gente consegue ter alerta para risco, de sentenças mais caras em determinados lugares, considerando sentença por região, assunto e juiz. Somos assertivos e com isso conseguimos reduzir o custo médio por contencioso”, explica.

Mesmo em questões de adequação a leis e normas, o Itaú tem avançado com o uso de tecnologia para identificar as mudanças legislativas constantes em todo o país.

“São mais de 60 mil normas municipais, estaduais e federais que são divulgadas por ano e podem impactar os bancos”, conta Granata.