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IPCA-15 sobe 0,40% em dezembro e fecha ano em 4,72%, afirma IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,40% em dezembro, após ter subido 0,33% em novembro, informou na manhã desta quinta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do índice de inflação ficou acima de todas as estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que iam de 0,17% a 0,35%, com mediana positiva de 0,25%.
Com o resultado anunciado nesta quinta, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,72% no ano de 2023, pouco aquém do teto da meta, de 4,75%, também superando as expectativas. As projeções iam de avanço de 4,30% a 4,66%, com mediana de 4,56%.
Embora o IPCA-15 tenha acelerado de 0,33% em novembro para 0,40% em dezembro, a taxa foi a mais baixa para este mês desde 2018, quando havia caído 0,16%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer pelo segundo mês consecutivo.
Em dezembro de 2022, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,52%. Como resultado, a taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses desacelerou de 4,84% em novembro para 4,72% em dezembro, resultado mais baixo desde agosto deste ano, quando estava em 4,24%.
O IPCA-15 fechado de 2023 foi o mais baixo desde 2020, quando ficou em 4,23%.
O IPCA-15 de dezembro ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em novembro. O resultado foi influenciado principalmente pelo preço das passagens aéreas, que subiram 9,02%, o maior impacto individual no mês (0,09 p.p.). Esse resultado fez com que o grupo transportes tivesse o maior peso na inflação mensal, de 0,16 p.p. Ao longo de todo 2023, os bilhetes de avião apresentaram alta de 48,11%.
Ainda em dezembro, um alívio para o bolso do brasileiro veio do preço dos combustíveis, que caiu 0,27%. Houve queda do óleo diesel (0,75%), etanol (0,35%) e gasolina (0,24%), enquanto o gás veicular registrou alta de 0,08%.
O segundo maior impacto na alta de dezembro veio do grupo alimentação e bebidas, com elevação de 0,54%. A alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (10,63%), batata-inglesa (10,32%), arroz (5,46%) e carnes (0,65%). Já o tomate caiu 7,95% e o leite longa vida, 1,91%. A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,53%.
O grupo transportes passou de uma elevação 0,18% em novembro para um aumento de 0,77% em dezembro, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a inflação de 0,40%. A alta de 9,02% no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição individual para o IPCA-15 do mês, 0,09 ponto porcentual.
Já os combustíveis recuaram 0,27% em dezembro. A gasolina ficou 0,24% mais barata. Houve quedas também no etanol (-0,35%) e no óleo diesel (-0,75%). O gás veicular subiu 0,08%.
O táxi teve alta de 0,83%, devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo a partir de 28 de outubro. O ônibus urbano aumentou 1,91%, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador a partir de 13 de novembro e pela recomposição de preços em São Paulo.
“Em São Paulo, destaca-se a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25%, no mês anterior, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do Enem”, explicou o IBGE.
No acumulado de 12 meses, dos nove grupos analisados pelo IBGE, apenas um apresentou recuo de preços, os artigos de residência com queda de 0,03%. Terminaram com alta os grupos alimentação e bebidas (0,83%), habitação (4,94%), vestuário (3,39%), transportes (7,41%), saúde e cuidados pessoais (7,31%), despesas pessoais (5,54%), educação (8,20%) e comunicação (2,85%).
O IPCA fechado do mês de dezembro e do ano 2023 será divulgado no dia 11 de janeiro.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil
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