IPCA-15: preços da gasolina e da alimentação em casa caem em junho; carro novo também fica mais barato
Índice ficou em 0,04% no mês, dentro das expectativas; taxa acumulada em 12 meses desacelerou a 3,40%, também em linha com as projeções do mercado
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta terça-feira (27) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de junho ficou em 0,04% após alta de 0,51% em maio de 2023.
O resultado ficou dentro das previsões do mercado, de 0,03%, com variações de -0,11% a 0,11%, segundo Projeções do Broadcast (serviço de notícias do Estadão).
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A taxa acumulada em 12 meses recuou a 3,40% – ante 4,07% observada em maio. O índice também ficou em linha com o esperado pelos agentes financeiros, de 3,39% em um ano, indo de 3,21% a 3,47% .
Assim, o IPCA-15 em 12 meses está dentro do teto da meta de inflação do país, de 3,25% para 2023 – com tolerância de 1,5 percentual para cima ou para baixo.
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Destaques do IPCA-15 de junho
Segundo o IBGE, a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14 ponto percentual) vieram do grupo habitação.
Com destaques para a alta da taxa de água e esgoto (3,64% e 0,06 p.p.) aplicada em capitais como Curitiba, São Paulo, Recife e Belém, e o encarecimento da energia elétrica residencial (1,45% e 0,06 p.p.) em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador.
Já o grupo transportes (-0,55%), diante da queda do preço dos combustíveis, puxou a variação para baixo. A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17 p.p.).
Os demais combustíveis também sofreram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%).
Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 p.p. no índice do mês.
Ainda em transportes, as passagens aéreas registraram alta de 10,70%, após queda de 17,26% em maio.
Também houve deflação no grupo alimentação e bebidas (-0,51%). A alimentação no domicílio registrou queda (passando de 1,02% em maio para -0,81% em junho) enquanto na alimentação fora de casa houve desaceleração nos preços (de 0,73% para 0,29%).
Planos de saúde mais caros; loterias pesam no bolso
Conforme o IBGE, o resultado do grupo saúde e cuidados pessoais (0,19%) foi influenciado pela elevação nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 – e cujo ciclo se encerrará em abril de 2024.
Em despesas pessoais (0,52%), sobressai a alta de 6,19% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas.
Cinema, teatro e concertos (1,29%) e pacotes turísticos (1,07%) também registraram avanço no mês.