PIB do Brasil cresce 0,4% no terceiro trimestre de 2022, aponta IBGE

O resultado ficou abaixo das expectativas dos agentes do mercado financeiro, que projetavam uma alta de 0,7% no período

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (1º) que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 0,4% no terceiro trimestre de 2022 em relação ao segundo. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma alta de 0,7% no período.

Essa foi a quinta taxa positiva do indicador. A soma dos bens e serviços finais produzidos no país totalizou R$ 2,544 trilhões em valores correntes entre julho e setembro.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2021, o avanço foi de 3,6%. Os agentes do mercado financeiro esperavam uma alta de 3,7%.

Destaques do PIB no 3º trimestre

No passagem do segundo para o terceiro trimestre, segundo o IBGE, a variação positiva foi influenciada pelos resultados dos serviços (1,1%) e da indústria (0,8%), enquanto a agropecuária recuou 0,9%.

Nos serviços, setor que responde por cerca de 70% da economia, os destaques foram informação e comunicação (3,6%), com a alta dos serviços de desenvolvimento de software e internet, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e atividades imobiliárias (1,4%).

O segmento outras atividades de serviços (1,4%), que representa cerca de 23% do total de serviços e inclui, por exemplo, alojamento e alimentação, também cresceu.

Único segmento dos serviços que ficou no campo negativo, o comércio variou -0,1% no terceiro trimestre.

A construção, que está entre as atividades industriais, avançou 1,1% no período. Outro setor que teve um desempenho favorável foi eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,6%).

Já na agricultura, a retração é explicada pelas culturas que têm safra relevante no trimestre e tiveram queda de produção, como é o caso da cana-de-açúcar e de mandioca.

Na ótica da despesa, os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 2,8% frente ao segundo trimestre. O consumo das famílias aumentou 1,0%, enquanto o do governo cresceu 1,3%.

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