Até agora, o preço do bitcoin pouco mudou, sendo valorado a US$ 64.000 após o halving. No entanto, defensores do criptoativo, como Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, apostam na alta
O halving, uma espécie de atualização de software do bitcoin, foi concluído na sexta-feira (19). O evento que ocorre uma vez a cada quatro anos cortou pela metade a chamada recompensa de mineração. Esta recompensa é a quantidade de bitcoin liberada da rede para compensar empresas conhecidas como mineradoras pela validação de transações. Mas, quais os impactos do halving do bitcoin?
Essa mudança nas recompensas foi planejada e preordenada pelo código que executa o blockchain do bitcoin. O criador do bitcoin, Satoshi Nakamoto, procurou usar o mecanismo de redução pela metade, conhecida como halving, para manter um eventual limite máximo de 21 milhões de bitcoins. O objetivo é evitar que a criptomoeda fosse inflacionária. Como resultado desta redução pela metade, a quarta desde 2012, a recompensa diária paga aos mineradores cairá de 900 para 450 bitcoins.
Até agora, o preço do bitcoin pouco mudou, sendo valorado a US$ 64.000.
JPMorgan Chase e Deutsche Bank não postam em rally
Ainda assim, embora o bitcoin tenha atingido recordes após os halvings anteriores (2012, 2016, 2020), analistas do JPMorgan Chase e Deutsche Bank afirmaram que o evento estava precificado no mercado.
“Não esperamos aumentos no preço do bitcoin após o halving”, escreveram os analistas do JPMorgan, liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em um relatório na quarta-feira (17), reiterando opiniões anteriores semelhantes.
Já o Deutsche Bank disse, em relatório, que o preço do bitcoin deve permanecer alto. “Olhando para o futuro, continuamos esperando que o preço (do bitcoin) permaneça alto. Dada às expectativas de aprovação de ETFs de Ether; futuros cortes nas taxas de juros (nos EUA) e mudanças regulatórias”, escreveram os analistas Marion Labouré e Cassidy Ainsworth-Grace.
Os analistas do Deutsche Bank não apostam em um grande rally do bitcoin, como se diz no mercado quando a procura pelo ativo cresce de forma acelerada.
O bitcoin valorizou quase 70% no primeiro trimestre do ano e quase 60% nos últimos 12 meses.