Haddad: medida de compensação do IR é justa e ‘não vai doer em ninguém’

"Não existe em nenhum lugar do mundo a pessoa ganhar R$ 1 milhão por ano e ter alíquota efetiva [de IR] de 2%", afirmou o ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (20) que a medida de compensação proposta pelo governo para compensar a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês é “justa”, “factível” e “não vai doer em ninguém”.

O governo propôs a criação de um imposto mínimo efetivo de até 10% sobre a chamada alta renda, ou seja, sobre quem tem renda anual acima de R$ 600 mil.

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    “Eu não consigo ver onde está o problema na compensação da reforma do Imposto de Renda. São pessoas que ganham muito e não pagam o mínimo, às vezes não pagam nada”, afirmou Haddad, em entrevista à GloboNews, ao ser questionado sobre eventual resistência do Congresso Nacional na taxação das pessoas de renda mais alta.

    Ministro defende medida que atinge só 141 mil pessoas no país

    “Não existe em nenhum lugar do mundo a pessoa ganhar R$ 1 milhão por ano e ter alíquota efetiva [de IR] de 2%”, completou o ministro, dizendo que o imposto mínimo atingirá somente 141 mil pessoas no Brasil.

    “A medida de compensação é a mais justa possível. Se o Congresso não concordar que é justo, é da democracia, cada um responde por seus atos”, disse.

    Haddad disse estar aberto para receber sugestões que também promovam a justiça tributária para compensar o aumento da isenção do IR.

    Ele reforçou que o compromisso das lideranças do Congresso Nacional é aprovar um projeto neutro do ponto de vista fiscal.

    “Todos os líderes concordaram. Está politicamente acordado que vamos compensar. Pode ser de outro jeito, ok, mas tem uma compensação. O ideal é que, inclusive, a oposição participe disso, já que haverá repercussões em outros governos. A compensação vai interessar a todo mundo, não se trata somente de 2026”, afirmou Haddad.

    Haddad defende tempo de maturação do projeto

    Ele também explicou que o modelo de compensação é mais justo, porque só pega os dividendos das pessoas de alta renda.

    “Se eu fosse tributar dividendos como se previa no passado, de todo mundo, o investidor ia pagar também, mas ele vai continuar isento. Só estamos pegando dividendos de empresas que não pagam os impostos corretamente.”

    Por fim, o ministro negou que o projeto tenha sido feito de forma açodada.

    “Eu estou trabalhando nesse projeto [do IR] desde o final da promulgação da [emenda constitucional da] reforma tributária do consumo.”

    *Com informações do Valor Econômico

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