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Gleisi volta a criticar BC: ‘O Brasil que se dane, segundo o Copom’
Após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada manteve em 13,75% a taxa básica (Selic), a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, criticou mais uma vez da política de juros do Banco Central em seu perfil oficial no Twitter.
“Arrogância do BC de Guedes e Bolsonaro não tem limites: querem desacelerar ainda mais a economia e manter juros na estratosfera. O Brasil que se dane, segundo o Copom. E ainda fazem chantagem sobre regra fiscal. O Brasil não merece isso”, postou .
Na ata, o Copom prega “serenidade e paciência” na condução da política monetária para garantir a convergência da inflação para suas metas. Além disso, o BC reforçou que a desaceleração econômica em curso é “necessária para garantir a convergência” dos preços, “particularmente após período prolongado de inflação” acima dos objetivos perseguidos pela autarquia.
Sobre o arcabouço fiscal, o colegiado enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do projeto, “uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos”.
“No entanto, o Comitê destaca que a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”, complementou.
Haddad: ‘Ata veio com termos mais condizentes’
A ata do Copom traz “termos mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a monetária”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em coletiva de imprensa, Haddad disse que o governo está fazendo sua parte para combater sonegação, pôr fim a desonerações que considera indevidas e garantir orçamento para os mais pobres.
“[A ata] Está em linha com o comunicado, mas da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata, com mais tempo de preparação, veio com termos mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, afirmou.
Segundo Haddad, foi compromisso de campanha de Lula a garantia de benefícios, sobretudo da população que hoje conta com o governo federal para organizar a sua vida no pós-pandemia. Isso virá, assegurou, a partir de contas equilibradas.
Questionado se o governo tomará medidas efetivas para contribuir para a queda da Selic, Haddad complementou: “O Banco Central também tem que nos ajudar, é um organismo com dois braços, um ajudando o outro. Eu insisto nesta tese porque dá a impressão que um é espectador do outro, não é assim que a política econômica tem que funcionar”.
Segundo Haddad, o governo e o BC são “dois lados ativos concorrendo para o mesmo propósito” de garantir crescimento com baixa inflação.
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