Fórum Econômico Mundial começa com debates sobre a revolução da IA, o aumento global no custo de vida e os desafios do clima

Mais de 2.800 líderes estão programados para participar do evento de 5 dias que começa na segunda-feira (15), incluindo mais de 60 chefes de estado e de governo

A 54ª edição do Fórum Econômico Mundial começa nesta segunda-feira (15), na cidade suíça de Davos, com expectativa de mais de 2.800 participantes. O tema que norteará os debates deste ano é “Reconstruindo a Confiança”.

“O tema é uma resposta direta à erosão da confiança que é evidente nas sociedades e entre as nações”, disse o Diretor-Geral do WEF, Mirek Dusek, durante uma coletiva de imprensa.

O tema chave do fórum será desdobrado em quatro áreas de discussão:

  • Segurança e cooperação num mundo fraturado
  • Crescimento e emprego para uma nova era
  • Inteligência artificial como motor da economia e da sociedade
  • Estratégia de longo prazo para o clima, a natureza e a energia

Participam do evento de 5 dias mais de 60 chefes de estado e de governo. Pelo segundo ano consecutivo, o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) não irão a Davos.

Entre os principais líderes políticos participantes estão o presidente francês Emmanuel Macron, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang. O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, também deverá comparecer.

O evento acontece num momento em que o mundo assiste às guerras na Ucrânia e em Gaza, aos avanços da inteligência artificial (IA) – assunto que será tema de vários debates – e a uma crescente percepção de deterioração na saúde do planeta.

Preocupações econômicas

A redução do crescimento econômico e o aumento do custo de vida, num contexto global, além das elevadas taxas de juro devem nortear as discussões da agenda econômica. O Banco Mundial alertou recentemente que a economia global está a caminho de terminar 2024 com a meia década de crescimento do PIB mais lento em 30 anos.

Embora os receios de uma recessão global tenham diminuído graças ao crescimento robusto da economia nos EUA, existem preocupações de que o aumento das tensões geopolíticas possa inviabilizar a recuperação econômica. Junta-se a isso a desaceleração da China, a segunda maior economia do mundo.

Outro assunto que também deve ocupar a agenda da 54ª edição do Fórum Econômico Mundial é o colossal nível de dívida que as economias em desenvolvimento acumularam nos últimos anos para lidar com múltiplas crises, como a pandemia da COVID-19, a escassez de energia e as alterações climáticas.

Segundo relatório mais recente das Organização das Nações Unidas, 3,3 mil milhões de pessoas vivem hoje em países que gastam mais em pagamentos de juros do que em educação ou saúde.

Inteligência Artificial, um tema chave

O boom da inteligência artificial, que desencadeou oportunidades e também dores de cabeça para os reguladores de vários países, é um tema importante este ano, com uma série de painéis dedicados à revolução tecnológica.

Uma pesquisa anual de riscos, publicada pelo Fórum Econômico Mundial na quarta-feira (10), colocou a desinformação e a desinformação impulsionada pela IA como o maior perigo global nos próximos dois anos.

Segundo a pesquisa, “conflitos sociais motivados por informações falsas ocuparão o centro das atenções” este ano, quando grandes economias como os Estados Unidos, a União Europeia e a Índia forem às urnas.

Como acompanhar Davos 2024

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Veja onde acompanhar a 54ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos.

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