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No último dia de reunião do FMI e Banco Mundial, bancos multilaterais discutem reforma nas instituições
Os presidentes dos bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) se reuniram na manhã deste sábado (26/10), em Washington, para debater as reformas das instituições.
A intenção é que seja atendido um pedido do G20 para que esses organismos sejam maiores, melhores e mais eficientes.
Assim, em seus pronunciamentos na capital americana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de tornar essas instituições mais abrangentes.
Além disso, ele defendeu melhorias na governança econômica global.
Reconhecimento dos bancos multilaterais de desenvolvimento
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do grupo dos chefes do MDBs neste ano, destacou, pela primeira vez, que o comunicado final da trilha financeira do G20 reconheceu o papel dos MDBs.
E também indicou que as propostas dos presidentes dessas organizações serão incorporadas nas sugestões de reforma do G20.
Em comunicado final do encontro dos presidentes, Ilan, em postagem nas redes sociais, comemorou os avanços.
“Nossos esforços também estão sendo reconhecidos por todas as partes interessadas, com os ministros das Finanças do #G20 apoiando o chamado roadmap para as reformas de nossas instituições, que incorpora 14 de nossas 16 entregas do Viewpoint Note. Juntos, trabalhando como um sistema, estamos gerando mais impacto e escala para os países e as pessoas”, disse.
Participantes
Além do BID, integram o grupo: Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), Asia Development Bank (ADB), Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Banco Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (EBRD), Banco Europeu de Investimento (EIB), Banco Islâmico de Desenvolvimento (IsDB) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, conhecido como Banco dos Brics).
Outras instituições financeiras multilaterais que trabalham com os MDBs e os RDBs são o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Corporação Financeira Internacional (conhecida pela sigla em inglês IFC).
O Viewpoint Note dos MDBs prevê ações como atuação em sistema dos MDBs e parâmetros únicos de contabilidade e mensuração de objetivos ambientais.
Além disso, determina esforços para financiamento climático e maior eficiência das instituições.
Em 2023, por exemplo, os MDBs realizaram US$ 125 bilhões de financiamentos com impacto climático, uma alta de 25% sobre o ano anterior.
Haddad e o legado da presidência brasileira do G20
Na quinta-feira (24/10), Haddad apontou o avanço das reformas dos MDBs como um dos legados da presidência brasileira do G20.
Ele destacou que a África do Sul, próximo país a presidir o G20, já sinalizou que irá dar sequências às pautas do Brasil à frente do fórum.
“Eu diria que poucas (presidências dos G20) alcançaram esse grau de excelência e de resultado. Dois comunicados muito abrangentes, muito significativos do ponto de vista de reformas propostas”, disse Haddad. “
“Nós trabalhamos temas muito delicados, taxação de super-ricos, trabalhamos na questão do alinhamento dos MDBs (bancos multilaterais) em torno de um projeto de desenvolvimento global”.
A reunião de Outono (hemisfério Norte) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial aconteceu ao longo desta semana em Washington.
Finalmente, onde também, em paralelo, ocorreram os encontros do G20 e do G30.
Com informações do Valor Econômico
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