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Dólar, petróleo e alimentos pressionam inflação, que deve ir a 4% no Brasil, projeta banco
Empresas citadas na reportagem:
A escalada do dólar, assim como o preço internacional do petróleo e uma inflação persistente – e inesperada – dos alimentos pressionam o IPCA em 2024, aponta relatório divulgado pelo banco francês BNP Paribas.
A instituição revisou para cima a taxa esperada para a inflação em 2024, que antes estava em 3,5% e, agora, foi reajustada para 4%.
“Os preços locais da gasolina estão agora mais de 20% abaixo dos níveis internacionais em moeda local”, aponta a economista Laiz Carvalho, em relatório do banco.
“Esperamos que a Petrobras aumente os seus preços em pelo menos 15% no segundo trimestre, o que aumenta a nossa previsão de IPCA em 30 pontos base”, destaca.
Laiz Carvalho destaca que o conflito no Oriente Médio poderá aumentar ainda mais os preços dos combustíveis, conduzindo potencialmente a inflação de 2024 para 4,2% no final do ano. Isso, se os preços do petróleo excederem US$ 100 por barril.
“Apesar de não ser o nosso cenário base, vemos um claro risco ascendente para a nossa previsão de inflação no final do ano”, destaca.
Alimentação
De acordo com o BNP Paribas, inicialmente, a expectativa contava que a desinflação alimentar começaria entre abril e maio devido a uma queda nos preços ao produtor no início do ano.
Contudo, dados recentes mostram que estes preços permaneceram em alta, provocando um ajuste de 0,07% na previsão do banco.
Juros e PIB
O relatório também aponta uma atividade econômica “robusta” no primeiro trimestre de 2024. O rendimento real disponível das famílias, afirma, continua a crescer de forma constante devido a um mercado de trabalho forte e a elevados níveis fiscais.
A economista, assim, elevou para 2,2%, antes 1,8%, a expectativa para o PIB neste ano.
Já, no que tange ao juros Selic, a taxa terminal foi revisada de 9% para 9,5%.
“Ainda prevemos um corte de 50pb em maio, seguido de cortes de 25pb. No entanto, nós, agora, esperamos três cortes de 25pb (anteriormente cinco), com o ciclo de flexibilização concluindo em setembro em 9,5%.”
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