‘Ainda há um caroço a ser digerido’, diz Maluhy, do Itaú, sobre endividamento das famílias

Para Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, renegociação de dívidas tende a pressionar os indicadores de inadimplência dos bancos por algum tempo

Uma parte do público que está obtendo renegociação de dívidas com bancos não vai conseguir honrar os acordos e isso tende a pressionar os indicadores de inadimplência por algum tempo, disseram os presidentes do Itaú Unibanco (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3).

“Ainda há um caroço a ser digerido”, disse Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, durante evento promovido pelo Santander em São Paulo, referindo-se aos níveis ainda elevados de comprometimento de renda das famílias com pagamento de dívidas.

Segundo ele, parte das dívidas renegociadas vai voltar para os bancos, porque parte dos clientes não conseguirá honrar acordos.

Da mesma forma, a presidente-executiva do BB, Tarciana Medeiros, disse que haverá uma normalização das taxas de inadimplência, com atrasos em dívidas, incluindo as renegociadas.

“Mas não tenho previsão de sobressaltos”, disse ela.

Os comentários ilustram como representantes dos bancos seguem preocupados com a qualidade de suas carteiras, com o sistema financeiro registrando índices crescentes de atrasos.

Itaú e BB ainda reportaram maior controle do indicador de atrasos acima de 90 dias no segundo trimestre, na comparação com os rivais Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).

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