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Powell: Economia e mercado de trabalho fortes podem justificar aumento dos juros nos EUA
O FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) decidiu nesta quarta-feira (1) deixar os juros nos EUA na faixa de 5,25% a 5,50%. A manutenção pela segunda vez seguida já era esperada pelos agentes financeiros.
Assim, a taxa segue no nível mais alto desde janeiro de 2001.
No comunicado, o comitê menciona que está fortemente empenhado em fazer com que a inflação regresse ao seu objetivo de 2% ao longo do tempo.
“Ao avaliar a orientação adequada da política monetária, o comitê continuará a monitorizar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas”, diz o texto.
“O comitê estará preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos”, continua a nota.
Ainda conforme o comunicado, as avaliações do comitê para as próximas decisões terão em conta uma vasta gama de informações.
“Incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, aponta o documento.
Por fim, no trecho que trata sobre determinar até onde mais o aperto pode ser necessário, os dirigentes destacaram que irão considerar o aperto acumulado do aumento dos juros.
Os integrantes do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) voltam a se reunir agora em 12 e 13 de dezembro, no último encontro de política monetária de 2023.
Jerome Powell não descarta mais aperto
Entre os principais pontos da coletiva após o anúncio da manutenção dos juros, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que dados recentes mostram a resiliência da economia americana e da procura de mão de obra.
“A evidência de um crescimento persistentemente acima do potencial, ou de a tensão no mercado de trabalho já não estar a diminuir, poderá colocar em risco novos progressos na inflação e poderá justificar um maior aperto da política monetária”, afirmou.
Contudo, Powell reiterou o comunicado de que o Fed tomará decisões sobre um aumento adicional dos juros ou por quanto tempo as taxas permanecerão restritivas com base na totalidade dos dados recebidos e dos riscos monetários.
“Ainda não tomamos uma decisão sobre dezembro. Estaremos analisando todas essas coisas. O comitê sempre fará o que achar apropriado no momento”, emendou.
Sobre a inflação, o chefe da autoridade monetária comentou que o índice de preços moderou-se desde meados do ano passado e os valores durante o verão foram bastante favoráveis.
“Mas alguns meses de bons dados são apenas o começo do que será necessário para criar confiança de que a inflação está a descer de forma sustentável em direção ao nosso objetivo”, comentou. “O processo de redução sustentável da inflação para 2% ainda tem um longo caminho a percorrer”, reforçou.
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