Agro deve ter forte crescimento no 1º trimestre, indica ata do Copom

Dinamismo no mercado de títulos privados também foi destaque na última decisão da Selic

A resiliência na atividade econômica e as pressões no mercado de trabalho estão entre os fatores apontados pelo Copom para a subir a taxa Selic de 13,25% para 14,25%. Isso é o que mostra a ata da última reunião de política monetária e que foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Banco Central.

Na discussão de cenário e análise de riscos, o documento mostra que o colegiado avaliou que o cenário-base prospectivo envolve uma desaceleração da atividade. Isso porque a perda de fôlego da economia é parte do processo de transmissão de política monetária e elemento necessário para a convergência da inflação à meta.

Inteligência Financeira
PLANILHA DE CONTROLE FINANCEIRO
Pensando em gastar menos para investir mais?

Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito ao método da ‘Planilha de Controle Financeiro’. É só baixar e começar.

ou preencha os campos abaixo

    Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

    Em resumo, criaria condições para o fim do atual ciclo de alta da Selic. O que, como reitera o texto, não deve acontecer na reunião de maio, já que o comitê confirmou que pretende fazer um novo aumento, ainda que de menor magnitude.

    Crescimento do agro no Brasil

    Então, ao analisar como está a economia brasileira hoje, a ata do Copom aponta que os dados referentes aos últimos meses seguem oferecendo sinais sugerindo “uma incipiente moderação do crescimento”, em linha com o cenário-base do comitê.

    O colegiado reforçou que alguns indicadores mais recentes, como de serviços, indústria ou população ocupada têm indicado moderação de crescimento “após extraordinária resiliência no mercado de trabalho e na atividade econômica”.

    O PIB, ajustado sazonalmente, cresceu 0,2% no último trimestre de 2024 na comparação com o trimestre anterior, após crescimento de 1,3% e 0,7% nos segundo e terceiro trimestres do ano, respectivamente.

    Na mesma base de comparação, do lado da demanda agregada, houve redução do consumo das famílias, após uma sequência de treze aumentos consecutivos.

    Porém, anota a ata do Copom, persiste “a parcimônia nas conclusões no entendimento”. Por três motivos:

    “Do passado, sujeito a revisões e sazonalidades. Do presente, com dados mistos contemporâneos que não são uníssonos em uma direção. E do futuro, já que se antecipa, por exemplo, um forte crescimento agrícola no primeiro trimestre com possíveis desdobramentos para outros setores.”

    Mercado de títulos privados aquecido?

    Ainda no campo da discussão de cenário, a ata do Copom registra que o mercado de crédito também se manteve pujante nos últimos trimestres em função do dinamismo do mercado de trabalho e da atividade econômica.

    “No entanto, condizente com o cenário atual de aperto de condições financeiras e elevação de prêmio de risco, o crédito bancário tem apresentado alguma inflexão no período mais recente, com elevação de taxa de juros, menor apetite ao risco na oferta de crédito e redução no ritmo das concessões de crédito.”

    “Antecipa-se então um cenário marcado por um lado pelo elevado comprometimento de renda das famílias com o serviço da dívida, mas, por outro lado, pela continuidade do dinamismo no mercado de títulos privados.”

    Leia a seguir

    Este site usa cookies e dados para fornecer serviços e analisar audiência.Saiba mais