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Chefe do FMI: Brasil continua a se sair bem; reformas apoiarão perspectivas
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que a economia do Brasil “continua a se sair bem”, além de acrescentar que reformas políticas aprovadas devem colaborar para elevar a perspectiva de crescimento do País, bem como o padrão de vida dos brasileiros.
A declaração foi dada durante a primeira reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 em São Paulo – o FMI divulgou no fim desta sexta-feira, 1º, a fala da autoridade.
Georgieva agradeceu o governo brasileiro “por sua acolhida e hospitalidade”. Também cumprimenta o ministro das Finanças, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, “por seu compromisso excepcional para nos liderar em uma agenda ambiciosa do G20 para construir um futuro mais equitativo, próspero, sustentável e cooperativo”, com um sistema monetário internacional “forte” como sua fundação.
A diretora-gerente do FMI ainda elogia os planos de autoridades para garantir uma transformação do Brasil em uma economia “sustentável, inclusiva e verde”. Além disso, diz reconhecer o país como “líder global quando se fala em inovação financeira”.
Riscos à economia global são de baixa, como inflação persistente
Georgieva afirmou que a economia global caminha para um pouso suave, mas ressalvou que isso ainda não está garantido. Além disso, alertou que os riscos à economia global são de baixa, como o da persistência da inflação.
Georgieva disse que trazia “uma mensagem clara” ao encontro do G20: com a recente melhora da perspectiva global no curto prazo, o grupo tinha a oportunidade de reconstruir o impulso político e mudar o foco, a fim de enfrentar desafios econômicos de médio prazo.
Ela notou que o crescimento global para este ano é projetado pelo FMI em 3,1%, enquanto a inflação recua mais rápido que o antes esperado. “Em nosso cenário-base, a inflação cheia global deve cair a 5,8% neste ano e a 4,4% no próximo”, afirmou.
O quadro é “encorajador”, considerou, mas ela ponderou que os riscos são de baixa. Um deles é que a inflação se mostre mais persistente, o que poderia resultar de choques geopolíticos e de outros problemas na oferta, como eventos climáticos ou condições financeiras mais relaxadas, que poderiam desacelerar a normalização da política monetária.
Por outro lado, Georgieva disse que poderia haver riscos de alta, caso a inflação caísse ainda mais rápido que o previsto.
A diretora-gerente do FMI disse que não se deve ser complacente, pois o crescimento ainda é fraco, inferior à média de 3,8% de antes da pandemia da covid-19. Além disso, em muitos casos a fraqueza decorre da baixa produtividade, notou.
Ela também ponderou que, caso os juros precisem ficar elevados por mais tempo, isso pode elevar riscos no setor financeiro, o que requer vigilância.
Georgieva também mencionou sobre o crescimento nos criptoativos. Ela disse que esse fato requer das autoridades globais uma política e uma resposta regulatória abrangentes.
Com informações do Estadão Conteúdo
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