Sem tempo? Nossa ferramenta de IA resume para você! Clique abaixo para ler
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que estamos diante de uma catástrofe climática e que a instituição criou uma estrutura de resposta para lidar com o cenário atual. Ele destacou a necessidade de políticas públicas e criticou o subfinanciamento global para enfrentar a crise climática. Mercadante citou as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no Norte do país como exemplos. O BNDES já aprovou R$ 405 milhões para apoio à região Norte.
“Estamos diante de uma catástrofe climática”, disse Mercadante, que participa de evento de lançamento do ClimateScanner.
O projeto visa avaliar de forma padronizada as ações governamentais no enfrentamento da emergência climática.
O ClimateScanner é liderado pela presidência da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosal, na sigla em inglês), exercida pelo Tribunal de Contas da União, em parceria com o Grupo de Trabalho sobre Auditoria Ambiental (WGEA, na sigla em inglês).
Atualmente, conta com a colaboração de 143 países, além do apoio técnico-financeiro do BNDES, PNUD, BID, Banco Mundial e Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Undesa).
Transição energética é cara
No entanto, para Mercadante, a transição energética é cara e não será feita sem políticas públicas.
Além disso, criticou o que chamou de subfinanciamento global para enfrentar a crise climática.
Como exemplo, citou catástrofes como as enchentes no Rio Grande do Sul e o atual cenário de queimadas em diversas localidades do Brasil.
Assim, no Rio Grande do Sul, lembrou, o BNDES já colocou US$ 5 bilhões em operações de crédito para auxiliar a recuperação do Estado.
Isso dentro de um total de US$ 15 bilhões colocados pelo Estado brasileiro na região para mitigar os efeitos das chuvas.
Em relação à seca e às queimadas no Norte do país, disse que já são R$ 405 milhões aprovados para apoio à região.
“É muito importante o problema do financiamento. O Sul Global precisa de atenção, principalmente os países menores”, frisou.
Claudio Providas, representante do Pnud no Brasil, ressaltou que acaba saindo muito mais caro quando há a necessidade de mitigar efeitos de tragédias climáticas.
De acordo com ele, é menos custoso investir em projetos que contribuam para evitar ou minimizar esses efeitos.