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IPCA-15 pode reacender pedidos de corte maior da Selic; temporada de balanços indica as boas ações do momento
Empresas citadas na reportagem:
Prévia da inflação, rumo dos juros no Brasil e nos Estados Unidos, pacote da equipe econômica para turbinar a arrecadação, escolha do presidente na Argentina, guerra Israel-Hamas e como estão as empresas negociadas na bolsa brasileira (B3). A agenda da semana está recheada de destaques. Então, confira a seguir o calendário econômico da Inteligência Financeira com os principais assuntos para acompanhar nos próximos dias.
IPCA 2023 dentro da meta?
No Brasil, a prévia da inflação de outubro, prevista para quinta (26), será o principal indicador divulgado na semana. O IPCA-15 deve mostrar, portanto, um alívio na taxa acumulada em 12 meses, que em setembro atingiu 5%.
Assim, com a esperada volta do processo de desinflação, os agentes financeiros devem avaliar o ritmo da desaceleração do índice de preços aos consumidores. O corte de R$ 0,12 no preço da gasolina, anunciado na semana passada pela Petrobras (PETR4), não será sentido na atual leitura.
Contudo, economistas já consideram que a redução pode fazer com que o IPCA feche 2023 dentro do teto da meta, que é de 4,75%.
Caso o cenário mostre que a inflação está de forma consistente convergindo à meta, que em 2024 passará a ser de 3%, o mercado tende a revisar as projeções para a taxa Selic. Em outras palavras, os analistas podem sinalizar que há espaço para cortes mais intensos dos juros.
As retrações de serviços e do varejo em agosto, além da queda do IBC-Br no mesmo mês, corroboram o cenário de enfraquecimento da economia no segundo semestre e também favorecem os pedidos por um afrouxamento maior da Selic.
Vale lembrar, além disso, que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) irá se reunir na virada do mês para definir a nova taxa básica de juros do país.
Resultados do 3T2023
Ainda na cena doméstica, começa nesta semana a temporada de balanços do terceiro trimestre das empresas listadas na bolsa brasileira (B3). Assim, a Romi (ROMI3) dá o pontapé inicial na terça (24), após o fechamento do mercado.
O período de divulgação de resultados financeiros é essencial para quem tem ações na carteira ou busca um momento para começar a investir em renda variável. Isso porque os números das empresas de capital aberto serão destrinchados pelos agentes, gerando revisões de perspectivas e mostrando quais podem ser boas oportunidades ou quais são posições arriscadas para comprar.
Além disso, a temporada de balanços traz anúncios de pagamentos de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
Fechando o assunto, coloque aí na agenda também. A Inteligência Financeira fará na quinta (26), às 14h, a live de resultados da Klabin (KLBN11) no terceiro trimestre. Dessa forma, o diretor financeiro e de relações com investidores, Marcos Paulo Conde Ivo, falará com exclusividade sobre o momento, os planos e irá apresentar os detalhes financeiros da companhia no período.
Para ter no radar
O calendário econômico dos próximos dias tem ainda a possível votação na Câmara do projeto de lei da tributação de offshores e de fundos exclusivos. Além disso, no Senado o relator da reforma tributária pode divulgar as suas mudanças no texto da proposta, que já foi aprovada na Câmara. Braga deve ainda estimar uma data para votação final.
A aprovação das iniciativas é fundamental para os planos do ministro Fernando Haddad (Fazenda) elevar a arrecadação e fechar 2024 com as contas no azul.
No cenário internacional, o resultado das eleições presidenciais na Argentina repercutem já na abertura dos negócios nesta segunda (23). A guerra Israel-Hamas continua no radar com o risco de o conflito se alastrar no Oriente Médio. As tensões têm impactado diretamente nos preços do petróleo, que rondam o patamar de US$ 90.
Por fim, em relação às divulgações econômicas, o PIB dos Estados Unidos do terceiro trimestre sairá na quinta (26), e a inflação medida pelo PCE para setembro, na sexta (27). Os dados calibrarão as expectativas para a próxima reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na passagem de outubro para novembro.
Nos últimos dias, Jerome Powell, presidente do Fed, e outros dirigentes deixaram no radar a possibilidade de um novo aumento dos juros ou a necessidade de manter as taxas em patamar elevada por um período maior.
Calendário econômico – 23 a 27 de outubro
Segunda (23)
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
10h15: Monitor do PIB de agosto (Ibre-FGV)
Terça (24)
Sem indicadores relevantes
Balanços: Romi (ROMI3)
Quarta (25)
08h00: Confiança do consumidor de outubro (Ibre-FGV)
Balanços: Klabin (KLBN11), Santander Brasil (SANB11), WEG (WEGE3), Neonergia (NEO3)
Quinta (26)
08h00: Confiança da construção de outubro (Ibre-FGV)
08h30: Estatísticas do setor externo de setembro (Banco Central)
09h00: IPCA-15/Prévia da inflação de outubro (IBGE)
09h15: Decisão de política monetária na zona do euro (Banco Central Europeu)
09h30: PIB do terceiro trimestre dos Estados Unidos (estimativa antecipada)
Balanços: Gol (GOLL4), Copasa (CSMG3), Hypera (HYPE3), Suzano (SUZB3) e Vale (VALE3)
Sexta (27)
08h00: Confiança da indústria de outubro (Ibre-FGV)
08h30: Estatísticas monetárias e de crédito de setembro (Banco Central)
09h30: PCE/índice de preços de gastos com consumo de setembro nos Estados Unidos
Balanços: Usiminas (USIM5)
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