BC não publicará ‘prévia do PIB’ e Focus devido à greve de servidores

A categoria pede 27% de reposição salarial e reestruturação de carreira

Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB
Sede do Banco Central, em Brasília-DF. Foto: Rodrigo Oliveira/BCB

Com a greve dos servidores do Banco Central (BC) ainda em curso, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) relativo a março não será publicado na segunda-feira, 16, como estava programado no calendário original da autoridade monetária. Ainda não há previsão de nova data para divulgação do dado.

O relatório Focus, que reúne as medianas das projeções do mercado para os principais indicadores da economia e costuma ser publicado no site do BC às 8h25 das segundas-feiras, também está suspenso em virtude da mobilização, sem previsão de divulgação.

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O BC informou que as estatísticas fiscais elaboradas pela autoridade monetária foram definidas como atividade essencial e, por isso, continuam sendo compiladas e divulgadas mesmo com a greve dos servidores da autarquia, que suspendeu a maior parte das publicações. Dessa forma, os resultados de março serão publicados na segunda, às 9h30, com entrevista coletiva, às 11h.

Os servidores estão em greve pela segunda vez neste ano, desde o último dia 3. O movimento tem atrasado uma série de publicações e afeta outros serviços, como fiscalização e atendimento ao público. A categoria pede 27% de reposição salarial e reestruturação de carreira.

Ontem, o BC chegou a enviar ao governo uma proposta de medida provisória (MP) que previa reajuste de 22% e avançava em alguns pontos da reestruturação, como mudança da nomenclatura do cargo de analista para auditor e exigência de nível superior para técnico.

A autoridade monetária, entretanto, recuou horas depois e retirou o pedido. Segundo o BC, foram detectadas “inconsistências” no texto.

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Antes do recuo, o sindicato que representa os servidores afirmou que a greve continuaria mesmo com a proposta e que só seria suspensa após “publicação de uma MP confirmando a reposição da inflação”.

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