BCE e BoE seguem Fed, diminuem ritmo de alta de juros, e prometem seguir firmes contra inflação

Bolsas europeias recuam com temor de que política monetária austera leve a forte recessão

O BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco Central da Inglaterra, na sigla em inglês) seguiram o que Fed (o banco central americano) já havia feito na véspera e reduziram, nesta quinta-feira (15), o ritmo de elevação das suas respectivas taxas básicas de juros, mas usando um discurso duro contra a inflação.

Como o Fed, o BCE e o BoE desaceleraram de 0,75 ponto percentual para 0,5 p.p. o aumento de juros. Para os moradores na Zona do Euro, a taxa básica está passando de 1,5% para 2% ao ano. Para os ingleses, de 3% para 3,5% ao ano. Nos Estados Unidos, na quarta (14), a taxa de referência passou ao intervalo de 4,25%-4,5% ao ano.

Esses movimentos eram amplamente esperados pelos investidores internacionais. No entanto, o tom austero dos discursos dos bancos centrais ao explicar a decisão desanimou. As autoridades monetárias deixaram claro que não pouparão esforços para domar os preços, o que significa continuar aumentando os juros e esfriando a atividade econômica. Para os especialistas, não é mais uma dúvida se todas essas nações vão entrar em recessão, mas sim quando e em qual medida.

Europa

A inflação acumulada em 12 meses na Zona do Euro caiu de 10,6% em outubro para 10% no mês passado. A estimativa dos especialistas era de que ficasse em 10,4%. Essa de novembro foi a primeira queda em 17 meses, o que animou os investidores a projetar um aumento menor dos juros.

“Mas qualquer um que ache que o BCE está mudando de estratégia está errado. Não estamos mudando, não estamos relaxando, estamos mostrando determinação e resiliência em continuar a jornada. Se comparar com o Fed, temos mais a fazer. Precisamos ir mais longe”, disse Christine Lagarde, presidente do banco central europeu, em entrevista coletiva à imprensa após o anúncio da elevação.

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