Argentina adota medidas para frear fuga de dólares

País teve uma forte queda em suas reservas internacionais

Foto: Pixabay
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Diante da fuga de dólares do país, a Argentina vai adotar medidas para evitar a saída de moeda estrangeira do país e limitar o acesso ao mercado de câmbio local.

A medida foi anunciada após o país registrar o maior valor de importações da história, de US$ 7,8 bilhões, que afetaram as reservas de dólar do país. O impacto do grande número de importações para a Argentina no trimestre pôde ser visto no resultado das reservas internacionais do país.

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Segundo o Banco Central Argentino (BCRA), o país tinha no dia 25 de março, US$ 43,3 bilhões em reservas internacionais. Três meses depois, no dia 24 de junho, as reservas caíram para US$ 38,0 bilhões.

A saída de dólares das reservas argentinas neste período é maior do que o acumulado de compras da moeda pelo BCRA em todo o ano de 2022, que é de US$ 912 milhões até o momento. Segundo o site Infobae, o saldo de compra e venda de dólares pelo BCRA em junho é de US$ 602 milhões negativos.

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As novas diretrizes do mercado de câmbio argentino ficam em vigor até o final de setembro, e vão restringir o acesso a compra de dólares do BCRA por grandes empresas que buscam realizar importações Já médias e pequenas empresas poderão financiar suas próprias importações desde sejam até 15% maiores do que o total importado no ano anterior, com limite de US$ 1 milhão.

“Trata-se de priorizar o uso de moeda estrangeira para importações, quem tem acesso direto ao mercado de câmbio será controlado”, disse o ministro da Economia, Martín Guzmán, em entrevista à “Rádio FM con Vos”.

O novo sistema de pagamentos do comércio exterior “responde às necessidades extraordinárias de divisas para atender às importações de energia, de modo a sustentar o crescimento econômico, o desenvolvimento das PME e evitar manobras especulativas sobre as importações”, disse o BCRA.

O governo estima que conseguirá diminuir em US$ 1 bilhão do total de importações do país com as medidas.

O BCRA também vão aumentar os impostos de bens equivalentes aos produzidos no país, que só voltarão ao mercado argentino após 180 dias do decreto. Já a importação de bens de luxo só serão retomadas após 360 dias.

Além disso, o BCRA facilitará o pré-financiamento de exportações, o que acelerará a entrada de moeda estrangeira no país especialmente do complexo cerealífero. Com as novas diretrizes, empresas exportadoras ganham mais 10 dias para quitar dívidas e mais prazo para pagar dívidas locais em moedas estrangeiras.

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