Apagão no Brasil: entenda o que provocou a queda de energia em diversos estados

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação para apurar a interrupção

Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (15), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o apagão de energia que atingiu diversos estados, por volta das 8h30, ocorreu por causa da abertura de interligação da rede de operação do sistema nacional, entre as regiões Norte e Sudeste.

Segundo a nota, foram interrompidos 16 mil megawatts (MW) de carga, nos estados do Norte e Nordeste. A interrupção também afetou estados do Sudeste e Sul.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação para acompanhar o processo de recomposição do sistema e para apurar a ocorrência.

No Piauí, um dos estados afetados, a empresa Águas de Teresina suspendeu o serviço de abastecimento de água e informou que os canais de antendimento estão indisponíveis até que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido.

Em Pernambuco, o Corpo de Bombeiros do Recife informou que foi acionado para retirar uma mulher presa no elevador do prédio da Superintendência do Trabalho, por volta das 9h30 da manhã.

Em São Paulo, na capital, a interrupção de energia afetou o funcionamento do metrô. Em nota, a ViaQuatro, concessionária responsável pela linha 4 Amarela, esclareceu que o transtorno permaneceu entre 8h30 e 9h25 e confirmou que a razão para a redução na velocidade dos vagões foi a “oscilação externa na alimentação de energia elétrica”.

De acordo com o ONS, o sistema nacional de energia foi restabelecido às 14h30, restando ajustes pontuais a serem realizados pelas distribuidoras em algumas cidades.

Ministro volta do Paraguai

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, decidiu retornar ao Brasil para acompanhar as atividades relacionadas ao restabelecimento de energia elétrica depois de um apagão que afetou quase todo o país, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Silveira estava no Paraguai integrando a comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que foi para a cerimônia de posse do novo presidente do país vizinho, Santiago Peña, que ocorre nesta terça-feira.

Aneel: ‘evento de grande porte’

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, classificou o apagão como um “evento de grande porte”. Segundo ele, a agência, o Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e as empresas envolvidas estão acompanhando os desdobramentos.

“O Ministério de Minas e Energia já comunicou a agência e aos demais agentes que instituirá um grupo para analisar e estudar as causas deste evento, que é um evento, sim, de grande porte, que envolve as regiões Norte, Nordeste e algumas áreas da região Sudeste e Centro-Oeste do país”, afirmou durante reunião pública do órgão na manhã desta terça.

“Tão logo nós tenhamos maiores informações, nós comunicaremos em conjunto com o MME e ONS as providências que estão sendo tomadas, como também os procedimentos e providências para que o serviço seja reestabelecido”, afirmou Sandoval.

O que dizem as empresas

O grupo CPFL informou que a interrupção de fornecimento de energia elétrica que afetou diversas partes dos país impactou parte dos clientes de suas quatro distribuidoras: CPFL Paulista, Piratininga, Santa Cruz e RGE.

A RGE, porém, é responsável por cerca de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul, o que indica impacto do incidente também na região Sul.

A companhia declarou em nota, porém, que a situação já foi normalizada em todas elas e que aguarda mais informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) referente a causa.

A Energisa atualizou a situação do fornecimento de energia elétrica em suas áreas de concessão. Segundo a empresa, os Estados de Mato Grosso e Sergipe tiveram o atendimento 100% restabelecido.

As regiões atendidas por Energisa Minas Rio, Sul-Sudeste, Mato Grosso do Sul e Paraíba já estavam também com pleno atendimento.

As áreas atendidas por Energisa Rondônia, Acre e Tocantins foram normalizadas em um tempo maior.

Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo

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