Como vai funcionar o Drex, nova moeda anunciada pelo Banco Central?

11 perguntas e respostas para você entender como vai funcionar a moeda virtual

Fachada da sede do Banco Central. Foto: Divulgação
Fachada da sede do Banco Central. Foto: Divulgação

Na segunda-feira (7), o Banco Central anunciou o novo nome do Real Digital: Drex. Mas afinal, o que é isso? Nós, da Inteligência Financeira, preparamos um guia, com perguntas e respostas, que você confere logo abaixo.

O que é o Drex do Banco Central?

O Drex é a moeda virtual criada pelo Banco Central do Brasil (BC). O primeiro projeto será transformar títulos públicos em tokens, especialmente as reservas do banco. Desta forma, o Banco Central ganharia liquidez  nas transações de compra e venda de títulos da dívida brasileira.

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Como vai funcionar o Drex?

Para o mercado financeiro, o Drex vai funcionar como um mecanismo de liquidez quase imediata de transações. Isto é, como uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras.

Dessa forma, o cliente até fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, apenas via carteiras virtuais.

A ideia é que a moeda torne as transações mais rápidas, por conta dos instrumentos de liquidação do Banco Central. E também vai fazer com que esse tipo de operação aconteça em algumas horas, se tanto.

De acordo com o BC, o consumidor terá de converter reais em Drex para enviar dinheiro e fazer o contrário para receber dinheiro.

Facilitar depósito de salários

Além das funcionalidades para as empresas, o Drex também poderá facilitar o depósito de salários e políticas de cashback entre bancos e consumidores. O estorno de impostos planejado pela reforma tributária também pode aproveitar o real tokenizado.

Como ter acesso ao Drex?

Para ter acesso ao Drex, o cliente (que pode ser pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual. Em seguida, essa a moeda é convertida, sempre na taxa de R$ 1 para 1 Drex.

Na sequência, bancos, fintechs, cooperativas, corretoras vão operar a carteira, sempre com a aprovação do BC. O nome desse processo é tokenização, quando se converte um ativo real em um digital. Dessa maneira, toda transferência é feita por blockchain.

O que poderá ser feito com o Drex?

Enquanto o projeto está em fase de teste, veja o que o que o BC está estudando:

  • Depósitos de contas de reservas bancárias;
  • Depósitos de contas de liquidação;
  • Depósitos da conta única do Tesouro Nacional;
  • Depósitos bancários à vista;
  • Contas de pagamento de instituições de pagamento,
  • Títulos públicos federais

Quando a nova moeda vai chegar de fato ao mercado?

O Drex deverá usado de fato no final de 2024 ou início de 2025. Até lá, a moeda estará em fase de testes.

O real vai acabar?

Não. Nossa moeda continua existindo. Afinal, o Drex não tem a função de “matar” o real.

Como usar o Drex?

Por enquanto, tudo o que envolve o Drex é voltado para grandes lotes de liquidação financeira. Por exemplo, será a moeda para compra e venda de títulos públicos. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, o que pode reduzir o custo com burocracias e intermediários.

Por que a nova moeda digital se chama Drex?

De acordo com o Banco Central, cada letra da palavra “Drex” equivale a uma característica da moeda. Por exemplo:

  • O “D” vem da palavra “digital”;
  • O “R”, “real”;
  • O “E”, ” representa a palavra “eletrônica”,
  • O “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020

Qual é o valor do Drex?

O Drex tem paridade com o real. Então, 1 Drex vale R$ 1. Portanto, uma moeda virtual terá o “preço” de R$ 1.

Então, a moeda digital será como uma extensão da moeda em papel. É um token, ou seja, uma versão da moeda nacional negociável apenas entre sistemas, mas lastreada ao real e às cotações internacionais. Assim, a nova moeda será emitida apenas pelo Banco Central.

O Drex é seguro?

De acordo com o Banco Central, o Drex deverá oferecer segurança cibernética, jurídica e de privacidade nas operações.

Segundo o BC, a moda usa a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Mas a nova moeda não é cripto, como você vai ver a seguir.

O blockchain é à prova de hackers e é uma espécie de corrente de blocos criptografados: cada elo é fechado depois de determinado tempo. E eles são conectados entre si por senhas criptografadas.

O Drex é uma criptomoeda?

Não, o Drex não é uma criptomoeda, como o bitcoin, por exemplo. Até porque, as criptos não são emitidas por autoridades monetárias, como é o caso da nova moeda.

Com reportagem da Agência Brasil

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